Claro, ele não está pedindo que nos transformemos em canibais. De acordo com Magnus Söderlund, professor e chefe do Departamento de Marketing do Consumidor, da Escola de Economia de Estocolmo, se acabarmos com alguns tabus, podemos sim avançar nessa questão. Inclusive, passando a considerar inserir, em nossa dieta, a carne de cadáveres humanos.

 

E não, ele não sugeriu o canibalismo. Söderlund não sugeriu um retorno aos tempos sombrios de canibalismo primitivo. Para o professor, poderia haver, no futuro, algo como uma “indústria da carne humana”. “Isso se as pessoas forem capazes de quebrar tabus sobre comer este tipo de alimento”, explicou Söderlund.

 

A afirmação foi feita em programa de televisão do país. Söderlund falou sobre o tema em uma entrevista ao canal de televisão nacional TV4. No programa, o professor discutiu tópicos como “o canibalismo é uma solução para a sustentabilidade dos alimentos no futuro?” e “somos egoístas demais para viver de maneira sustentável?”.

 

Ainda nesse ínterim, caso tornem escassas nossas atuais fontes de alimentação, devido aos efeitos no clima, os humanos devem começar a considerar comer coisas que não fazem parte da nossa dieta usual. Como exemplo, o professor citou carne de animais de estimação, insetos e, claro, a carne humana. Em suma, Söderlund acredita que, se as pessoas fossem introduzidas, pouco a pouco, a carne humana, o novo mercado teria espaço.

 

De acordo com Söderlund, por meio do marketing, as pessoas estariam dispostas a dar uma chance para as novas opções de alimentos. Tanto que, no momento em que o programa estava sendo exibido, 8% da plateia sueca levantou a mão, dizendo que toparia experimentar carne humana.

 

Mudanças climáticas

Atualmente, já enfrentamos 1 grau Celsius de aquecimento. Para os cientistas da ONU, estamos próximos de atingir 1,5 graus Celsius e até mesmo chegar a 2o graus Celcius de aquecimento já na primeira metade do século. Ou seja, daqui trinta anos. Além disso, vale lembrar também que este é o nível mínimo seguro para a forma como vivemos no planeta.

Como explica o relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, a única solução possível é reduzir pela metade até 2030 a emissão de gases que esquentam o planeta. O objetivo é zerá-las em 2050, além de absorver parte do carbono que já está na atmosfera. Ainda de acordo com o documento, novas tecnologias e energia limpa não bastam. Em suma, as florestas também desempenham um papel fundamental.

“No cenário traçado pelo IPCC, o futuro da humanidade depende não apenas de eliminarmos os combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, e zerar o desmatamento em escala mundial para reduzir as emissões, mas também proteger florestas, savanas e outras formas de vegetação natural para capturar o excesso de CO2 que já está na atmosfera e o que ainda será emitido na fase de transição para uma economia neutra em carbono”, diz o estrategista internacional de Florestas do Greenpeace, Paulo Adário.

Para ele, a melhor e mais aceitável forma de fazer isso é adotar um ambicioso programa de restauração das florestas degradadas em escala global. “Afinal, as árvores são “usinas” naturais de captação de carbono desenvolvidas e testadas há milhões de anos”, afirma.

 

Fonte: Fatos Desconhecidos


Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.