De sua nova casa, em Marte, o rover Perseverance, um equipamento da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) pode, em breve, registrar um incrível show de luzes. De acordo com o portal de notícias LiveScience, o equipamento irá capturar detalhes de uma tempestade de poeira sazonal – ocasionada por colisão de partículas de poeira estaticamente carregadas -, que deve passar pela cratera de Jezero, onde o rover pousou no dia 18 de fevereiro.

 

“Essa colisão de partículas não representa uma ameaça para o Perseverance, nem mesmo para qualquer ser humano que hipoteticamente pode pisar em Marte no futuro”, disse Joshua Méndez Harper, geólogo da Universidade de Oregon. “Não obstante, a presença de forças eletrostáticas em Marte pode nos ajudar a entender a atmosfera do Planeta Vermelho e seu potencial para promover a vida”.

 

“Queremos descobrir também se a colisão de partículas, que podem catalisar a produção de substâncias químicas, permitirá o surgimento da presença de materiais orgânicos”, revelou o profissional ao portal LiveScience.

 

Marte

 

A pesquisa com o rover Perseverance tem como objetivo responder, de forma decisiva, uma questão que tem perturbado a comunidade científica há meio século: podem as partículas em colisão em uma tempestade de poeira sazonal, agitadas por ventos de alta velocidade na atmosfera de Marte, proverem não somente a vida, como também eletricidade?

 

Até o momento, os cientistas acreditam que o fenômeno, que é comumente conhecido como carregamento triboelétrico – ou seja, eletricidade produzida pela fricção de partículas ou superfícies em colisão -, é capaz de gerar uma pequena faísca triboelétrica, ou eletricidade estática.

 

No entanto, não está claro se a carga triboelétrica pode acontecer na atmosfera de Marte. Como Marte tem uma pressão atmosférica muito mais baixa do que a Terra, é improvável que cargas poderosas possam se acumular no planeta vermelho.

 

Estudos que datam de 1970 tentaram simular tempestades de poeira marcianas na Terra, com o uso de cinzas vulcânicas e o auxílio de pequenos recipientes de baixa pressão, porém acredita-se que as pesquisas podem ser fundamentalmente falhas. “Essas pesquisas não levaram em consideração a possibilidade de cobrança decorrente da interação entre as cinzas vulcânicas e os recipientes experimentais”, disse Harper.

 

Em outras palavras, os estudos anteriores não foram aptos para simular uma colisão de partículas que ocorre em uma tempestade sazonal, pois os recipientes utilizados nos estudos eram feitos de material que não existe em Marte, o que significa que os experimentos realmente não prevê o acontece dentro das tempestades de poeira do Planeta Vermelho.

 

O novo

 

Harper e outros pesquisadores tentaram corrigir as falhas das antigas pesquisas produzindo um novo projeto experimental. Semelhante aos experimentos anteriores, a equipe optou por manter a utilização das cinzas vulcânicas (do vulcão Xitle, no México, que entrou em erupção há cerca de 1.700 anos) – para simular a tempestade de poeira – e recipientes de vidros.

 

Para simular as condições atmosféricas do Planeta Vermelho, a equipe de cientistas produziu jatos de dióxido de carbono para estimular as cinzas a criarem uma “fonte”, que promovesse a colisão de partículas.

 

Com o procedimento, a equipe descobriu que as partículas em colisão foram capazes de originar pequenas faíscas triboelétricas. Para os pesquisadores, este estudo fornece a primeira evidência experimental confiável de carregamento triboelétrico em Marte.

 

Fonte: Fatos Desconhecidos.


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