Físicos da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, calcularam qual seria a menor unidade fundamental de tempo que poderia existir no Universo; e, para a grande maioria de nós, que está acostumada a entender a passagem do tempo em segundos, minutos e horas, o resultado ao qual o time chegou pode ser impossível de imaginar.

 

Tic-tac…

 

De acordo com Adam Mann, do site Live Science, os modelos teóricos desenvolvidos pelos físicos apontaram que o menor valor para a variação do tempo seria 1 milionésimo de bilionésimo de bilionésimo de bilionésimo de segundo, o equivalente a 10^-33 s. Para qual finalidade os cientistas investiram tempo e desenvolveram cálculos complexos para descobrir essa minúscula fração?

 

Você já deve ter ouvido falar nos relógios atômicos. Basicamente, esses dispositivos consistem em aparatos que detectam a oscilação de energia de determinados átomos, como se a sua variação de energia fosse um pêndulo; portanto, permitem que a passagem do tempo possa ser medida de maneira extraordinariamente precisa.

 

Os relógios atômicos mais avançados que existem atualmente são capazes de aferir o transcorrer do tempo na ordem de 10^-19 segundos ou 1 décimo de bilionésimo de bilionésimo de segundo. No nosso dia a dia, pouco importa se não atingirmos esse nível absurdo de exatidão para contabilizarmos a nossa percepção de como o tempo passa, mas, quando se trata de estudar fenômenos na escala quântica, que avaliam o Universo no âmbito das partículas fundamentais, saber qual é a menor unidade de tempo possível faz toda a diferença, uma vez que discrepâncias nos valores poderiam levar os relógios atômicos a ficarem fora de sincronia e resultar em inconsistências nas medições.

 

Além disso, determinar qual é a menor fração de tempo concebível pode permitir a criação de um relógio atômico universal, que poderia ajudar no desenvolvimento da tão almejada Teoria de Tudo, que possibilitaria que a mecânica quântica e a Teoria da Relatividade finalmente fizessem as pazes e conversassem entre si. Isso porque a segunda, além de tratar das questões cosmológicas na escala de planetas, estrelas e galáxias, considera o tempo como uma “entidade” que pode ser comprimida, esticada e distorcida dependendo das circunstâncias; sendo assim, a definição de um “relógio universal” seria de grande ajuda.

 

Agora os físicos têm o desafio de encontrar uma forma de testar experimentalmente como medir essa fração de tempo tão ínfima. E será bem interessante ver como eles farão isso.

 

Fonte: Tecmundo.


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