Sem tratamento específico, o coronavírus deve ser combatido com medidas de prevenção. Respondemos oito dúvidas comuns sobre como evitar a infecção.
Não há no momento um tratamento específico para o novo coronavírus. E, se também não temos uma vacina, como se prevenir desse agente infeccioso originário da China?
Antes de tudo, é importante reforçar que nosso país não integra os lugares onde o coronavírus está circulando até agora — temos casos confirmados na Ásia, Europa, Oceania e América do Norte. Ainda assim, a população brasileira está preocupada com esse novo vírus, porque não conhecemos a fundo seus sintomas e complicações e mesmo sua capacidade de transmissão.
Diante disso, veja as respostas para oito dúvidas comuns sobre como se proteger dessa doença. Elas foram escritas a partir de documentos da Organização Mundial da Saúde e da Sociedade Brasileira de Infectologia e de uma entrevista com o infectologista Alberto Chebabo, do centro Sérgio Franco Medicina Diagnóstica, que pertence ao Grupo DASA:
1. Medidas de higiene pessoal ajudam a se prevenir do coronavírus?
Ele é transmitido por gotículas de saliva e catarro que se espalham pelo ambiente. Até por isso, a principal forma de prevenção é lavar as mãos com água e sabão frequentemente, em especial após tossir, espirrar, ir ao banheiro e mexer com animais. Ter um frasco de álcool gel na bolsa também é indicado.
Ao adotar essa estratégia, evita-se que o vírus acesse seu organismo após você colocar as mãos em uma superfície contaminada. A mesma medida, aliás, vale para afastar o risco de gripe e outras tantas infecções.
2. Como evitar a infecção em locais públicos?
Primeiro, reforçamos que não há motivo para pânico. A mortalidade do coronavírus não parece ser muito alta e ele não está disseminado no Brasil.
Ainda assim, vale seguir aquela recomendação aplicada a qualquer doença que se dissemina pelo ar: mantenha distância de pessoas que apresentem sintomas como tosse, coriza e febre.
Por outro lado, ao espirrar e tossir, cubra o rosto com um braço ou lenço descartável. Seguindo essas orientações, você cuida de quem está ao seu redor e de si mesmo.
3. Usar máscara no rosto evita o coronavírus?
Você provavelmente já viu imagens de pessoas nas ruas da China com máscaras no rosto em reportagens dos telejornais. E sim: ela pode reduzir um pouco o risco de infecção.
No entanto, o acessório é recomendado em situações locais de surto intenso. Esse é o único cenário no qual se indica a máscara para a população geral.
Até porque, quando não empregada corretamente, ela só dá uma falsa sensação de segurança. No mais, de pouco adianta vestir esse equipamento e não lavar as mãos.
4. Posso viajar para lugares onde há circulação do vírus?
O Ministério da Saúde, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) recomendam que viagens para a China sejam realizadas somente em situações de extrema necessidade. Até agora, não há restrições para outros destinos — mesmo onde surgiram alguns poucos casos, como nos Estados Unidos.
Se for impossível adiar uma ida à China, siga as medidas de higiene pessoal e evite grandes aglomerações. Também prefira alimentos cozidos e não compartilhe talheres.
Ah, e lembre-se de não passar as mãos nos olhos, nariz e boca ou entrar em contato com bichos doentes.
Outro conselho é manter a caderneta de vacinação em dia, mesmo que não haja imunizante para o novo problema. Isso porque, em conjunto com o coronavírus, outros vírus e bactérias causariam estragos adicionais.
Um estudo chinês, publicado no periódico The Lancet, investigou os sintomas e grupos mais vulneráveis a essa doença e mostrou que a maior parte dos quadros graves se deve à imunidade baixa dos pacientes.
Ou seja: o coronavírus é mais perigoso para quem está com o sistema imunológico fraco, o que pode ocorrer devido à ação de outras infecções, a exemplo da gripe, que tem vacina.
5. Quais as orientações para quem acaba de chegar da China?
Basicamente, fique atento aos sintomas. Se você apresentar febre e sintomas respiratórios dentro de 14 dias, compareça à unidade de saúde mais próxima e não deixe de informar seu histórico de viagem.
6. Tenho que tomar algum cuidado especial em aeroportos?
Como ali há deslocamento de pessoas do mundo todo, é crucial aderir às medidas de higiene e prevenção em locais públicos.
Nos aeroportos brasileiros, há distribuição de materiais informativos e avisos nos auto-falantes sobre como se comportar. A principal medida é que pessoas com quadro febril procurem o atendimento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária no próprio local.
7. Posso comprar produtos importados da China?
Boa notícia para quem anda preocupado com as compras online: não há possibilidade de o vírus continuar ativo até chegar no Brasil.
Fora de um organismo vivo, o coronavírus não sobrevive por muito tempo. Como o tempo de deslocamento dos produtos de lá para cá é grande, ele não resistiria à viagem.
8. Vou conseguir comemorar ou viajar no Carnaval?
Por enquanto, não há restrições além das que foram citadas. Caso algo mude, o Ministério da Saúde irá informar a população.
Agora, o Carnaval é um momento em que muita gente de locais diferentes se aglomera, seja na praia, nos blocos de rua ou nos sambódromos. Falando de coronavírus ou não, a recomendação é não ficar perto de pessoas com sintomas de infecções respiratórias e, se estiver doente, evitar as festividades.
Fonte: Saúde Abril.
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