Um dos itens mais procurados na “corrida aos supermercados”, que antecedeu o início do isolamento social determinado pela pandemia do coronavirus, foi o álcool — não apenas o gel desinfetante, mas também na forma de muitos litros de bebida.

 

Esse fato chamou a atenção da Cisa (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool), organização que é referência sobre o tema no Brasil. Em fotos divulgadas nas redes sociais em grupos de mães e em festas virtuais de amigos, a organização detectou um consumo crescente de álcool, classificado pelos usuários como uma “atividade” a mais dentro da quarentena.

 

Segundo a Dra. Erica R. Siu, biomédica especialista em dependência química e coordenadora do Cisa, o álcool pode acabar entrando nos lares sem que as pessoas confinadas percebam, funcionando como uma “recompensa” após um dia estressante de home office e rotinas domésticas.

 

Outro fenômeno igualmente observado pelos profissionais do Cisa tem sido a realização diárias de happy hours, em eventos compartilhados por trabalhadores que não fazem uso regular do álcool e, durante o isolamento social, têm bebido além do uso moderado em diversas horas do dia.

 

Quando o álcool começa a se transformar num problema?

 

A partir do momento em que o consumo de álcool se torna diário e excessivo, existe uma grande chance de que esse hábito se transforme em problema. Segundo a Organização Mundia da Saúde, no seu guia de cuidados para a saúde mental, o uso de substâncias (tabaco, álcool, outras drogas) é uma forma errônea de lidar com o estresse pois, “a longo prazo, piora o seu bem-estar físico e mental”.

 

Nos Estado Unidos, o National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism (NIAAA) estabelece o limite de consumo de álcool em, no máximo, quatro doses diárias ou 14 doses semanais para homens, e três doses diárias ou sete semanais para mulheres e pessoas com mais de 65 anos. Uma dose são 350 ml de cerveja, 150 ml de vinho ou 45 ml de bebidas destiladas.

 

O ideal é que, se o consumo de álcool começar a influenciar de forma negativa a saúde ou as relações interpessoais, um médico clínico geral ou psiquiatra possa realizar uma avaliação diagnóstica. Os Alcoólicos Anônimos têm realizado reuniões virtuais diárias abertas aos que necessitarem de orientações.

 

Fonte: Mega Curioso


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