Atividades de lazer deixadas de lado, comparação com os colegas, dúvidas, pressão, cobranças e o medo de não ser aprovado. Essas são algumas questões que podem preocupar e estressar os estudantes no ano em que prestam o vestibular.
Segundo Paula Pimenta, psicóloga do Serviço de Atendimento Psicológico do Curso Anglo, sentimentos como insegurança, comparação e medo de errar são comuns e até esperados para o jovem que se encontra nesse momento.
Mas é extremamente importante cuidar da saúde emocional e ficar atento para manter o equilíbrio apesar desses aspectos próprios da preparação para as provas. “Se o jovem não está encontrando estratégias eficazes para seguir com uma rotina saudável, é o momento de buscar uma orientação psicológica para não deixar a situação se agravar”, diz.
Infelizmente, é comum jovens apresentarem quadros de depressão nessa fase e é preciso ficar atento aos sinais. Separamos algumas dicas para que você saiba quando deve procurar ajuda e para que isso não atrapalhe seus estudos – algo que sabemos que te deixará ainda mais ansioso.
Como identificar?
A coordenadora de Orientação do Colégio Poliedro, Beatriz Marcon Nogueira da Silva, diz que é importante ressaltar que somente um profissional pode fazer o diagnóstico de depressão. Mas o estudante consegue notar alguns indícios que sinalizam que ele deve procurar ajuda. “Se ele começa a perceber que já não se interessa em fazer coisas que antes lhes eram prazerosas é preciso ficar atento”, diz
Além disso, o aumento da dificuldade em manter atividades rotineiras e habituais por mais de 15 dias também é um sinal de alerta. Os principais sintomas da depressão, segundo as especialistas, são apatia, tristeza frequente, falta de prazer em atividades que antes eram prazerosas, alterações de humor, alterações no sono (dormir muito ou insônia) e apetite (alimentar-se em excesso ou inapetência).
Mas, como já dissemos, fique atento a falsos diagnósticos. “É comum as pessoas pesquisarem os sintomas e sinais na internet, mas apesar de algumas informações estarem corretas, existem outros fatores que precisam ser avaliados por um profissional, como o tempo e início da apresentação dos sintomas, em qual o contexto eles surgiram e qual a sua intensidade, por exemplo”, explica Paula.
Primeiros passos
Assim que perceber que não está bem, que existe algo de errado, a primeira coisa que deve fazer é pedir ajuda para alguém de confiança que, em um primeiro momento, pode ser um amigo ou algum parente. Não tenha vergonha de compartilhar esse problema, pois quanto mais cedo a depressão for diagnosticada, mais rápido se dará o início do processo de melhora.
Depois, o ideal é procurar ajuda de um profissional da saúde no local onde estuda, ou da rede de saúde (pública ou privada). Ele irá avaliar o caso e orientá-lo da forma correta.
E os estudos?
Segundo Paula, se o jovem recebeu o diagnóstico de depressão o mais importante é ele estar em tratamento medicamentoso e psicológico. “Fazendo um bom acompanhamento do seu estado de saúde é possível dar continuidade aos seus estudos, com o cuidado de retomar as atividades de forma gradual”, diz.
“Mesmo sendo um período difícil, é possível conciliar a depressão com os estudos. Como já dito anteriormente, quanto mais cedo o estudante buscar ajuda, melhor e mais rápido será o processo de melhora, mas o equilíbrio é fundamental nesse momento de estudo que antecede os vestibulares”, diz Beatriz.
Ela afirma que estudante deve ter uma rotina equilibrada entre tempo de estudo, atividade física, descanso, diversão e também ter uma alimentação saudável. Um outro ponto que pode ajudar nesse momento é procurar amigos ou familiares para falar sobre seus sentimentos. Estar em um espaço que se sinta acolhido ajuda a enfrentar essa fase.
Fonte: Guia do Estudante.
Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.