Pesquisadores podem ter descoberto o queijo mais antigo do mundo em um túmulo de um líder egípcio. Estima-se que ele tenha mais de 3,3 mil anos e, por razões obvias, o seu sabor provavelmente continuará sendo um mistério. A descoberta, anunciada na revista Analytical Chemistry na semana passada, ocorreu depois que pesquisadores testaram o conteúdo esbranquiçado de um pote encontrado no túmulo de Ptahmes, um prefeito do século 13 aC de Memphis, importante capital no sul do Egito.

 

“Este é o queijo mais antigo já encontrado”, disse Enrico Greco, cientista do Departamento de Ciências Químicas da Universidade de Catânia, que foi co-autor do relatório.

 

Restos de produtos parecidos com queijo mais antigos do que o conteúdo desse pote já haviam sido descobertos na Polônia, China e em outras partes do próprio Egito, mas um cientista que participou da descoberta diz que eles eram produtos feitos a partir da fermentação natural e se pareciam mais como iogurte do que queijo.

 

Amostras mais antigas descobertas em outros lugares eram “mais atribuíveis ao leite fermentado natural, como iogurte ou kefir. No nosso caso, não encontramos nenhum traço biomolecular de proteínas resultante da fermentação natural do leite”, disse Greco.

 

Além disso, o pote tinha sido coberto por uma tela, o que acredita-se que seria uma medida tomada para preservar o queijo. Os cientistas investigaram seu conteúdo usando métodos de separação de compostos chamados cromatografia líquida e espectrometria de massa. Essas técnicas são eficazes em separar componentes de uma mistura através de uma corrente de fluído em movimento.

 

Os testes mostraram que o queijo havia sido feito a partir de uma mistura de leite de Bovídeos (vacas, ovelhas, cabras e búfalos). Eles também revelaram que a amostra tinha uma proteína associada à Brucella melitensis, que causa a doença Brucelose e pode ser mortal para os seres humanos.

 

Caso o queijo esteja realmente infectado com a bactéria, essa seria a primeira evidência biomolecular direta de uma doença durante o período faraônico. No entanto, mais estudos são necessários para confirmar as suspeitas. De qualquer modo, parece que esse queijo antigo ainda vai render muitas descobertas, não é mesmo?

 

 

Fonte: TriCurioso.


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