Endereço: Avenida Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo
CEP: 20021-140
Telefone: (21) 2240 4944
Site/e-mail: www.mamrio.com.br
Funcionamento: Terça á Domingo
Horário: 12:00–18:00
Cidade: Rio de Janeiro
Estado: RJ

Descrição:

Obra máxima de seu criador, o arquiteto carioca Affonso Eduardo Reidy – um dos maiores nomes da arquitetura brasileira -, o MAM do Rio situa-se no Parque do Flamengo, em um cenário privilegiado.

Pensado para dialogar com a paisagem, as fachadas envidraçadas, trazendo para o interior o paisagismo de Burle Marx, o projeto de Reidy apresenta-se racionalista e plástico a um só tempo. Não há distância entre a estrutura e a aparência final. Os vãos livres têm um fim prático: a liberdade de composição oferecida ao espaço expositivo, o convite ao jardim no plano térreo. Do cuidado com o concreto aparente à escolha dos granitos e pedras portuguesas, o projeto ganha o parque.

Acervo

Com cerca de 11 mil obras, dispõe de esculturas e pinturas de artistas de renome internacional, como Fernand Léger, Alberto Giacometti, Jean Arp, Henry Moore, Barry Flanaghan, Bourdelle, Poliakov, Henri Laurens, Marino Marini, Max Bill, César, Lipchitz, Carlo Carrà e Lucio Fontana. Além da coleção internacional, há um grupo notável de artistas latino-americanos, entre eles Joaquin Torres García, Cruz Díez, Jorge de la Vega, Romulo Macció, Xul Solar, Antonio Seguí e Guillermo Kuitca, além de brasileiros como Bruno Giorgi, Maria Martins, Di Cavalcanti e, naturalmente, representantes do neoconcretismo, como Lygia Clark, Helio Oiticica, Franz Weissmann, Amílcar de Castro e Wyllis de Castro.

Formado inicialmente ao longo dos anos de 1940 e 1950 por inúmeras doações de artistas, empresários e algumas instituições oficiais, o acervo do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro constituiu uma das coleções de arte do século XX mais importantes no país, apresentando um panorama completo e sofisticado da evolução artística de nosso século, dentro e fora do Brasil. A coleção partia do cubismo e avançava por futurismo, surrealismo e demais vanguardas históricas do início deste século, até o que de mais atual ocorria no cenário internacional durante os primeiros decênios de sua segunda metade. Por três décadas, a maioria dos artistas brasileiros de destaque teve no MAM não somente seu palco de ação mais imediato e visível: lá estavam fartamente representados e eram permanentemente vistos pelo público.

Um incêndio em 1978, contudo, pôs a perder todo o esforço das décadas anteriores. Muito pouca coisa pôde ser salva. Entre as perdas irrecuperáveis estão obras-primas de Picasso, Miró, Salvador Dalí, Max Ernst, René Magritte, Ivan Serpa, Manabu Mabe e muitos outros, além de todos os trabalhos presentes em uma grande retrospectiva de Joaquin Torres García, que ocupava o museu no momento do incêndio. Das obras que escaparam do fogo, destacam-se Mademoiselle Pogany, escultura de Constantin Brancusi (1920); Number 16, de Jackson Pollock (1950); e a obra de Ben Nicholson, Opal, magenta and black (1951), hoje entre as principais joias do MAM. Também tem valor inestimável no acervo a gigantesca tela de Georges Matthieu, Morte Antropofágica do Bispo Sardinha.

O museu abriga, hoje, duas grandes coleções, Coleção Gilberto Chateaubriand e Coleção Joaquim Paiva, além de cerca de quatro mil obras de fotógrafos brasileiros, adquiridas, em parte, graças a uma doação especial da White Martins.

Coleção Gilberto Chateaubriand: Desde 1993 em regime de comodato no museu, é internacionalmente conhecida como o mais completo conjunto de arte moderna e contemporânea brasileira, e cujas cerca de quatro mil peças compõem um impressionante painel do período em um só museu. Tem trabalhos pioneiros da década de 10, como os de Anita Malfatti, e prossegue através do modernismo de Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Di Cavalcanti, Ismael Nery, Vicente do Rego Monteiro, Portinari, Pancetti, Goeldi e Djanira, entre outros. Desenvolve-se através dos embates dos anos 50, entre geometria e informalismo, das atitudes engajadas e transgressoras da Nova Figuração dos anos 60 e da arte conceitual da década seguinte, dos artistas que constituíram a Geração 80, até desembocar nos mais jovens artistas. O colecionador reuniu praticamente todos os artistas que conquistaram um lugar de destaque internacional para a arte brasileira: Aluísio Carvão, Ivan Serpa, Antônio Dias, Rubens Gerchman, Carlos Vergara, Roberto Magalhães, Wesley Duke Lee, Nelson Leirner, Artur Barrio, Antônio Manuel, Jorge Guinle, Daniel Senise, José Bechara, Rosangela Rennó e Ernesto Neto, e centenas de outros não menos destacados (são cerca de 400 artistas no total). Renovada através de aquisições que o colecionador faz periodicamente, em especial junto a artistas jovens e ainda não consagrados pelo circuito de arte, a coleção é sempre apresentada em exposições temáticas, não somente nas dependências do MAM, mas igualmente através de exposições itinerantes dentro e fora do país.

Coleção Joaquim Paiva: recebida em 2005 em regime de comodato, a coleção teve seu início em 1981, quando o diplomata começou a adquirir sistematicamente fotografias brasileiras contemporâneas. No museu estão depositadas aproximadamente 1.090 obras que registram o que há de mais representativo nesta arte no país. Entre os nomes mais representativos da coleção estão: Pierre Verger, com a sua preciosa documentação sobre a cultura afro-brasileira; Geraldo de Barros; Miguel Rio Branco, que busca a intensidade das cores no universo mais duro da realidade brasileira; Walter Firmo, com seu fotojornalismo ligado à temática social e bem brasileira; Rosângela Rennó, questionadora sobre o ato de fotografar; entre outros. 

Cinemateca

As atividades do Setor Cinematográfico do Museu de Arte Moderna se iniciaram em 1955 com exibições mensais de filmes no auditório da Associação Brasileira de Imprensa. Em 1957 transformou-se em Cinemateca, cuidando também da guarda e preservação de filmes, criando uma biblioteca e um setor de documentação e pesquisa, intensificando sua programação e editando um boletim periódico.

As sessões realizadas em seu auditório mantêm uma linha de programação voltada para a difusão de obras e ciclos da história do cinema. Seu acervo fílmico, com cerca de 30 mil rolos, constitui fonte permanente de consultas de festivais e instituições nacionais e internacionais. Atua também no campo da prospecção de filmes, o que possibilitou a recuperação de inúmeros títulos brasileiros.

Em 1964 iniciaram-se os cursos da cinemateca, realizados no Bloco Escola. Estes foram essenciais na formação de cineastas e técnicos que integrariam a segunda e a terceira gerações do Cinema Novo. De 1966 a 1974 a instituição contava com um estúdio de som e moviolas, que foram utilizados em diversas produções e clássicos de nossa cinematografia. Entre os filmes montados na cinemateca estãoMacunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade, O Bravo Guerreiro, de Gustavo Dahl, O Anjo Nasceu, de Júlio Bressane, e Na Boca da Noite, de Walter Lima Júnior.

A Cinemateca é associada à FIAF/Federação Internacional de Arquivos de Filmes, órgão que congrega as cinematecas de todo o mundo, viabilizando intercâmbios institucionais. Desde o seu início, até os dias atuais, a Cinemateca vem mantendo as finalidades de guarda, preservação, restauração, pesquisa, exibição e divulgação de filmes e do cinema em geral.

Com a extinção da Embrafilme, em 1991, passou a ser depositária de grande parte das cópias dos filmes produzidos por aquela instituição.

Digitalização de Fotos de Filmes Brasileiros

Iniciada em abril de 2009, a futura consulta online se dará em baixa resolução, podendo-se acessar os arquivos equivalentes em alta resolução para publicação ou outros usos, mediante autorização dos respectivos detentores de titularidade de imagem. 

O projeto torna possível a consulta online da documentação visual da história da arte cinematográfica brasileira preservada pela Cinemateca do MAM. Tem por objetivo preservar um importante conjunto de documentação visual referente à história e à arte cinematográfica brasileira e disponibilizar em plataforma online para consulta por pesquisadores, estudantes e público em geral interessado neste universo.

Começou a se formar em 1964 e hoje abarca cerca de 200 mil itens documentais, contemplando fotos de divulgação de filmes, fotos de porta de cinema, fotos de filmagem, stills de produção, bastidores e fotos publicitárias de personalidades. Sua importância para a compreensão do passado cinematográfico brasileiro é imensa, levando-se em conta que muitos filmes não existem mais ou estão disponíveis apenas fragmentariamente, e que muitos processos de criação encontram-se evidenciados neste tipo de documento, particularmente as estratégias cenográfica e fotográfica. 

O Projeto Digitalização de Fotos de Filmes Brasileiros do Acervo da Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro é desenvolvido em parceria com o Instituto para a Preservação da Memória do Cinema Brasileiro, e conta com o patrocínio da ONS – Operadora Nacional do Sistema Elétrico.

Centro de memória

Preserva, atualiza e divulga o acervo documental da história do MAM e de suas coleções, bem como fontes de informação sobre arte e cinema. São mais de 100.000 itens, entre documentos originais textuais manuscritos e datilografados, fotografias, vídeos, cartazes, plantas, livros, catálogos, roteiros originais de cinema, periódicos e recortes de jornais.

Fonte: Museu de Arte Moderna (MAM)

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