Bruna Nunes, da Galera CH, mostra como não surtar com o cenário atual. Neste momento, um terço da população mundial está em isolamento.
Oi, gente! Como vocês estão? Bruna Nunes por aqui. Sei que deve estar tenso para todo mundo, são tempos complicados, mas nós precisamos nos cuidar – e não estou falando apenas da parte física! Sabia que nossa saúde mental também é um grande contribuinte para o controle da nossa imunidade? Pensando nisso, conversei com o psicólogo Leone Nunes, porque, mesmo sem ansiedade ou depressão, o psicológico pode ficar abalado em períodos de longo isolamento.
Em primeiro lugar, para as pessoas entenderem melhor como todo esse processo de distanciamento social pode afetar o psicológico de alguém, é necessário saber que essa “quarentena global” aumenta os níveis de ansiedade no organismo que, se não tratada, pode evoluir para uma depressão ou síndrome do pânico. A incerteza faz com que a gente se sinta insegura e com medo. “Como psicólogo, posso dizer que muitas doenças psicossomáticas podem aparecer nesta quarentena”, alerta o Dr. Leone. E como podemos nos ajudar?
A primeira dica dada pelo especialista é simples: evitando ler e ver noticiários em excesso, e não cair em fake news compartilhadas. “Não podemos tirar o noticiário das nossas vidas por completo, mas podemos controlá-los, determinando horários e fontes confiáveis para saber sobre o assunto, pois a maximização de notícias sobre esse inimigo invisível que fez o mundo parar tende a causar muita angústia e aumentar as crises de ansiedade”, diz o psicólogo, que ressalta: “é preciso determinar um tempo para consumir essas informações, caso contrário, você vai passar o dia pensando no coronavírus, e não há sanidade que aguente”.
Criar uma rotina é outra dica eficaz para não surtar durante o isolamento, esteja você estudando ou trabalhando de casa, ou não fazendo nada. “É preciso ter dedicação para não perder o foco. Determine um horário para acordar, por exemplo. Vale lembrar que você não precisa mas pegar o transporte público ou até mesmo seu veículo para chegar até o local de estudo ou trabalho. Portanto, pode até dormir um pouquinho mais… mas sempre com foco de que no horário determinado você estará de pé e fora da cama para cumprir suas atividades como se estivesse no ambiente normal de estudo e/ou trabalho. Outra dica é fazer esportes, como ioga, ou utilizar aqueles aplicativos de treino em casa”, aconselha Leone, que deixa claro a importância de tomar um bom café da manhã ao se levantar, ato que ajuda muito a combater a ansiedade durante o dia.
Legal, você está saudável e sem sintomas. Mas e as pessoas que estão sentindo alguma coisa ou até mesmo foram diagnosticadas com COVID-19? “Comece a fazer terapia online. Hoje existem muitos aplicativos que ajudam no contato, como WhatsApp, FaceTime, Telegram, Vittude (App para atendimento com psicólogo) e Skype. Agora, se a pessoa já fazia terapia, o correto é não abandonar as sessões por conta do isolamento. Converse com seu psicólogo sobre a possibilidade dos atendimentos serem realizados online, pois isso é bom tanto para o profissional, que não perde a sua renda, quanto para o indivíduo que continua saudável“, garante o especialista.
Se, apesar de tudo, a crise de ansiedade bater forte, use a tecnologia para se aproximar dos familiares, amigos e das pessoas queridas. Leone opina: “o isolamento social pode ser muito frustrante. Não podemos esquecer que vivemos em um século em que a tecnologia é capaz de ajudar superar este momento. Antigamente, não tinha WhatsApp, Instagram e Facebook. Era bem mais difícil… Então, nesta quarentena, aproveite o melhor das redes sociais e fortaleça os laços com as pessoas que ama e sente saudade”.
É isso, gente! Espero ter ajudado. Bebam água, lavem as mãos e, se possível, fiquem em casa. Tudo isso vai passar e estamos todos juntos.
Beijos à distância.
Fonte: Capricho
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