Na medida em que os limites entre a vida pessoal e profissional se tornam menos nítidos nos dias de hoje, o equilíbrio se tornou mais importante do que nunca. Da mesma forma, a tendência do trabalho híbrido traz grandes preocupações como readaptação, convivência, reconhecimento e medo de contágio, afetando a saúde mental e provocando a psicossomatização ( termo usado para definir sintomas físicos que surgem nos indivíduos, causados por situações emocionais com as quais vivenciam).

 

Segundo a Dra. Vanessa Jaccoud, especialista em Psicossomática, “o stress, as novas dinâmicas, a alta auto-exigência, a sobrecarga, a ansiedade e a mudança dos panoramas de vida (laboral, familiar, social, etc), incidiram sobre essas novas adaptações que somos forçados a viver, e as questões somáticas (físicas) também aparecem, por conta da exposição à esta nova realidade”.

 

De acordo com um estudo recente da Accenture, 52% dos trabalhadores brasileiros querem continuar trabalhando de casa pelo menos uma vez por semana. Para 46%, com a forma híbrida, será mais difícil a colaboração com seus colegas, agora que alguns estarão no mesmo ambiente físico, enquanto outros, distantes. O estudo mostra ainda que 31% destes trabalhadores se questionam se o trabalho será valorizado pelos seus gestores.

 

As doenças psicossomáticas ocorrem quando um conflito intrapsíquico, resultante de uma situação de intenso stress, ultrapassa a capacidade de tolerância, abalando a homeostasia (equilíbrio entre as diversas funções) do indivíduo, e não encontrando uma forma consciente deste conflito ser desvelado e tratado, manifestando-se através de pressões e alterações no corpo (soma), pela incapacidade de elaboração mental. Então, adoecer pode ser uma tentativa de estabelecimento de um equilíbrio para o corpo, com a doença surgindo como uma linguagem psicoemocional, a qual desestabilizando o sistema holístico, inclusive o imunológico, é então simbolizada no corpo.

 

É importante criar um ambiente de trabalho saudável e flexível. Os indivíduos estão preocupados com os impactos da falta de convivência diária com seus colegas e superiores, em suas responsabilidades diárias. Como as empresas devem lidar com o trabalho híbrido e os desafios pós-pandemia?

 

“A resposta está diretamente relacionada com o modelo de trabalho com foco nas pessoas. Afinal, considerar a perspectiva humana é uma maneira de promover o engajamento e o bem-estar dos profissionais. É preciso aumentar a qualidade de vida tanto no trabalho em casa quanto presencial, com condições favoráveis e relações harmônicas. A psicoterapia também é de grande ajuda na solução da psicossomatização e manutenção desse bem estar”, finaliza Dra. Vanessa Jaccoud.

 

Sobre a Dra. Vanessa Jaccoud

 

Psico-Oncologista pela FCMMG- Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais;
Membro Titulada pela SBPO – Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia;
Especialista em Psicossomática pela FCMSCSP-Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo;
Membro da ABMP-SP- Associação Brasileira de Medicina Psicossomática;
Psicóloga Clínica; Membro certificada da WPATH- World Professional Association for Transgender Health;
Certificação em Excelência Avançada em Saúde para Transgêneros por Harvard Medical School;
Certificação em Traumas Complexos por Harvard Medical School;
Certificação em Primeiros Socorros Psicológicos pela Johns Hopkins University;
Certificação em Dor Crônica por University of Minnesota;
Introdução à Neurologia Clínica pela University of California, San Francisco.
Atua também nas áreas de Psiconeuroendocrinoimunologia e Psicofarmacogenética.
Autora do livro “Transgeneridade: um caso de transcendência” (volume 1 Coleção Casos Clínicos)
Autora da cartilha “Vamos falar sobre transgeneridade?”
Palestrante e Idealizadora do projeto TRANquilaMENTE.

 

Instagram: @dravanessajaccoud

 

Fonte: Assessoria de Imprensa Paula Ramagem


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