Sem delongas, não, não é possível. Duas pessoas não podem ter o mesmo DNA. Nem mesmo irmãos gêmeos, como muitos de nós pensamos. Mas calma, que explicamos tudo direitinho. Em suma, o DNA é organizado em cromossomos, que são agrupados em 23 pares. Quando uma célula espermática é fabricada, o genoma do pai é dividido em dois. Desse modo, cada esperma recebe um cromossomo, de cada um dos 23 pares. Basicamente, o mesmo acontece com os óvulos da mãe.

Quando o óvulo e o esperma se combinam para formar um embrião, o genoma resultante contém metade dos cromossomos da mãe e metade do pai, que são escolhidos aleatoriamente.

Teoricamente, irmãos do mesmo sexo poderiam ser criados com a mesma seleção de cromossomos. Como nosso genoma contém cerca de 3,2 bilhões de letras de código de DNA, 0,5% disso seriam 16 milhões de letras. O código possui quatro letras, então, o número de combinações possíveis é igual ao número 4 elevado a 16 milhões. O gigantesco resultado dá um número de possíveis genomas, muitas e muitas vezes suficiente para que todas as pessoas, que já existiram, tenham DNAs diferentes.

Antes que os pares de cromossomos se separem completamente, geralmente, ocorre uma troca de genes individuais, de um cromossomo para outro. Ou seja, mesmo que os espermatozoides sucessivos fossem fabricados com a mesma seleção de cromossomos, não conteriam os mesmos genes.

É claro que muitos dos pares de genes são realmente os mesmos. Em contrapartida, as chances de construir um genoma duplicado exato por acaso, ainda são muito pequenas.

Nem gêmeos idênticos têm DNA igual

Apesar de o senso comum achar que gêmeos idênticos têm o mesmo DNA, eles não têm os mesmos genes em certos cromossomos. De acordo com pesquisadores da Universidade de Alabama, nos EUA, com o passar dos anos, os gêmeos ficam ainda mais diferentes em termos genéticos. Como isso é possível?

Os pesquisadores estudaram 19 pares de gêmeos univitelinos adultos. Em suma, o estudo analisou a variação do número de cópias dentro do genoma. Nesse ínterim, essa variação ocorreu quando a fita dupla do DNA se quebrou. Ao quebrar-se, na reparação, houve acréscimo ou eliminação de alguns genes.

Basicamente, é tal variação que explica o fato de um irmão desenvolver uma determinada doença, enquanto o outro se mantém saudável.

Analogamente, a descoberta pode ajudar a identificar mutações de genes que ocasionam o desenvolvimento de doenças.

Somos únicos

As pessoas são diferentes, únicas, para ser mais específico. Somos cerca de 7 bilhões. Estima-se que 100 bilhões de pessoas viveram e morreram nos últimos 50 mil anos. Em suma, até onde sabemos, todas elas possuem, ou possuíram, características totalmente únicas.

Tal linha de raciocínio se aplica a todos os seres humanos que ainda estão por nascer. Basicamente, nossa espécie é composta por uma quantidade incrível de variação. Quanto mais buscamos tecnologias para confirmar identidades, mais descobrimos qualidades que tornam cada um de nós um ser absolutamente singular. O DNA e as digitais são algumas dessas características, que provam tal raciocínio.

Então, caros leitores, saibam que sua mamãe estava certa. Você é, sim, muito, mas muito especial.

 

Fonte: Fatos Desconhecidos


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