Obra de arte é o termo utilizado para designar uma composição criada e avaliada por sua função artística. Do mesmo modo que é um produto que transmite uma ideia ou expressão da pessoa habilidosa que a fez. Algumas imagens podem levar dias, meses ou até mesmo anos para serem feitas. A arte tira as pessoas do mundo e celebra a criatividade.

 

Dizem que a arte não foi feita para entendermos e sim para sentirmos. As obras geralmente carregam os segredos mais ocultos das almas dos artistas. E isso é o que leva as pessoas a tentarem decifrar o que há por trás delas. Entre retratos pacíficos e peças de arte calmas e delicadas, existem pinturas antigas assustadoras que arrepiam os cabelos de qualquer um.

 

Cada pintor tem sua inspiração e seu olhar sobre as coisas. Para o pintor russo, Wassily Kandinsky, uma cor não era apenas uma coisa para ser apreciada com os olhos. Ele também conseguia “ouvir” as cores como se cada tonalidade fosse um instrumento e um quadro tivesse como resultado final uma sinfonia.

 

Quadro

Então, o Google se baseou nessa inspiração potente e singular do pintor para desenvolver um experimento chamado “Play a Kandinsky“. Nesse experimento é possível que as pessoas façam como o pintor russo fazia e transformem cores em músicas.

 

Kandinsky tinha uma condição chamada sinestesia, que é a capacidade de misturar os sentidos e que moveu o artista a criar algumas das obras abstratas mais importantes da modernidade.

 

Para ter essa experiência existe uma plataforma interativa que dá ao usuário a possibilidade de “ouvir” uma cor. Isso simula por alguns instantes o que Kandinsky sentia quando via por exemplo, uma flor, o por do sol, uma peça de roupa, ou um céu azul.

 

Esse experimento artístico criado é, claro, uma interpretação a respeito da experiência de sinestesia. Ele traduz em sons e peças musicais determinada tonalidade ou detalhe, ou então uma parte de algum quadro do pintor russo.

 

Experimento

 

A plataforma foi desenvolvida pelo Google Arts & Culture em parceria com o Centre Pompidou, de Paris. Ela parte de algumas cores isoladas sobre as “telas” digitais, com sons que são diretamente ligados a cada parte da palheta.

 

Por exemplo, vermelho é uma cor que “soa” com violinos, amarelo como trompetes, e azul como o som de um órgão. Esses sons são baseados no que dizia o próprio Kandinsky quando ele “ouvia” as cores.

 

A plataforma dá a possibilidade do usuário de “escutar” o quadro “Yellow-Red-Blue”, pintado em1 925. Essa obra causou um espanto na época por misturar as cores primárias que dão seu nome em uma série de formas e traços, tendo o objetivo de relacionar as tonalidades às emoções.

 

O quadro foi feito dessa forma porque o pintor também tinha esse sintoma em sua sinestesia. Para ele, o amarelo provocava sensação de sufocamento, o vermelho de inquietação, e o azul lhe trazia uma calma paradisíaca.

 

Nessa experiência, quando o usuário toca em diferentes partes do quadro ele pode “ouvir” a sinfonia pintada pelo artista. Além de conseguir criar a sua própria clicando em partes diferentes em uma sequência.

 

Claro que a sonoridade e as próprias peças musicais que são ouvidas no projeto não são necessária ou exatamente os sons que o pintor russo ouvia quando via as cores. Essa foi uma interpretação livre e artística feita pelos artistas sonoros Antoine Bertin e NSDOS, mas se baseando nos escritos que Kandinsky deixou.

 

Fonte: Fatos Desconhecidos.


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