A pandemia da covid-19 tem tido diferentes impactos nas Ciências: se por um lado coloca em evidência os profissionais que buscam a cura ou um tratamento, por outro compromete quem faz análises climáticas. A Universidade Estadual de Oregon, por exemplo, coleta dados oceânicos de mais de 100 sensores espalhados pela costa, que, duas vezes ao ano, precisam ser limpos.

 

As regras de isolamento impediram que essa limpeza seja feita, comprometendo a qualidade dos dados de diversos estudos – desde previsões climáticas até pesquisas de longo prazo. Algumas delas usam informações coletadas regularmente há décadas. A falha na contagem pode comprometer todo o avanço adquirido.

 

Outra pesquisa afetada foi a de Frank Davis, da Long Term Ecological Research, que conta com 30 locais ecológicos que vão do Alasca à Antártida. A crise sanitária que colocou o planeta em quarentena impede que esses lugares sejam visitados a fim de coletar os dados obtidos. Trata-se da primeira interrupção desse estudo em mais de 40 anos.

 

A previsão do tempo

 

Existem diversos equipamentos que podem fazer a previsão do tempo a curto prazo. Navios comerciais que atravessam os oceanos costumam levar cientistas que analisam o clima, as correntes marítimas, a velocidade do vento etc. As viagens marítimas continuam ocorrendo, mas por questões de saúde apenas com a equipe essencial – o que não inclui os cientistas.

 

A redução no números de voos comerciais internacionais também afeta na previsão climática. Muitas aeronaves carregam equipamentos que fazem medições meteorológicas, como temperatura, pressão e velocidade do vento, para tentar prever possíveis cenários. A estimativa é que a coleta de dados aéreos já caiu 50% desde o começo da pandemia.

 

“À medida que a diminuição na disponibilidade de observações meteorológicas das aeronaves continua, podemos esperar uma queda gradual na confiabilidade das previsões”, analisa Lars Peter Riishojgaard, da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

 

Fonte: Mega Curioso


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