Após comemorar uma conquista inédita para o Brasil em 2019, os estudantes da equipe Spacetroopers Brasil retornam para a nova edição da Nasa Human Exploration Rover Challenge. A competição, que já alcançou mais de 10 mil estudantes ao longo de duas décadas, é a única iniciativa da agência espacial norte-americana a abrir espaço para que estudantes de todas nacionalidades coloquem em prática seu interesse e aptidão para ciência, engenharia, tecnologia e matemática (STEM).

 

Em 2020, a equipe brasileira concorre com outros 111 times internacionais, vindos de países como Estados Unidos, Egito, Índia, Porto Rico e Alemanha. A competição também inclui outros três times brasileiros, todos do estado do Rio de Janeiro, representando o Colégio Estadual Oliveira Viana, a Faculdade de Reabilitacao da ASCE e o Infotec International School.

 

Também fluminenses, os membros da Spacetroopers Brasil estudam o ensino fundamental II e o médio no Colégio Santa Terezinha, em São Gonçalo (RJ). A equipe é formada por Aimée Quintanilha, Felipe Fonseca, Beatriz Matta, Davi Iacovelli, Raphaela Reis, Davi Sampaio, Davi Vianna, Vitória Ribeiro e Bianca Melo.

 

Em 2017, a escola se tornou a primeira instituição brasileira a participar da competição. Como lembra Lúcia Helena Bastos, diretora geral do colégio, o colégio precisou pedir, inclusive, que a Nasa incluísse o Brasil no formulário de inscrição para que, então, pudessem participar.

 

A iniciativa surgiu a partir do pedido de uma ex-aluna, Rafaela Bastos, que hoje estuda física, ciência de dados e machine learning na Minerva Schools at KGI, dos EUA. “Ela sempre foi uma das melhores alunas da escola, então decidimos apostar nesse sonho dela, que se tornou um sonho nosso também”, diz Lúcia Helena.

Desde então, a equipe conquistou o Prêmio Jesco von Puttkamer, que celebra o melhor time internacional, e o Prêmio Memorial Frank Joe Sexton, que reconhece a liderança e criativade de uma equipe para solucionar problemas durante a competição. Em 2019, chegou ao Top 10 do Nasa Rover Challenge, ocupando o 7º lugar da maratona, a melhor posição do Brasil na competição.

 

Desafios

 

As equipes inscritas no projeto da Nasa devem construir, ao longo de um ano, o protótipo de um rover sob os critérios da agência espacial. Com supervisão dos professores, os estudantes de São Gonçalo participaram de reuniões para projetar o melhor modelo. Para construí-lo, a escola abriu uma oficina e contou com a ajuda dos pais dos alunos e outros parceiros. “Além de valorizar o currículo, essa oportunidade única é muito importante para a formação dos estudantes”, acrescenta Lúcia Helena.

 

Geralmente, todas as equipes viajam até uma das principais bases da agência espacial, a U.S. Space & Rocket Center, no Alabama, EUA, onde testam como os veículos conseguem contornar obstáculos como crateras, depressões, inclinações, terrenos arenosos e rochosos — literalmente entre trancos e barrancos.

 

Neste ano, por causa da pandemia de Covid-19, essa fase presencial, que estava marcada para os dias 17 e 18 de abril, foi cancelada. Por isso, os times serão avaliados pela parte teórica do projeto, como as melhorias trazidas na nova versão do rover (que deve ser atualizado a cada ano) e organização do time. Além disso, a premiação será apresentada virtualmente.

 

“Embora estejamos desapontados por não ser viável sediar a competição presencial este ano, temos o prazer de ainda conceder vários prêmios e honrarias às equipes que trabalharam durante todo o ano”, afirma Julie Clift, líder do Rover Challenge, em comunicado. “Estamos ansiosos para receber equipes em 2021, o que definitivamente será um motivo de comemoração.” No ano que vem, também serão celebrados os 50 anos do Veículo Explorador da Lua, um rover que auxiliou astronautas das missões Apollo em suas experiências lunares.

 

Fonte: Revista Galileu.


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