A beleza e poesia de sambas-enredo exaltada em show com
Igor Eça, Paula Santoro e Mingo Araújo.
Participação especial de Ná Ozzetti.
A beleza e poesia dos sambas-enredo pedem passagem! O AVENIDA SAMBA CANÇÃO, exalta a beleza dos sambas que marcaram tantas épocas provando que o gênero encanta o público também fora do período da folia. Idealizado pelo músico IGOR EÇA, que com toda sensibilidade e talento criou arranjos memoráveis para sambas-enredo escolhidos a dedo. O resultado é um espetáculo absolutamente especial, onde se evidencia exatamente isso: a beleza, poesia e importância deste sub gênero do samba, genuinamente brasileiro, nascido no Rio de Janeiro.
“As músicas são cantadas e tocadas mais lentamente e com arranjos que destacam as palavras, jogando o foco na poesia. O samba enredo narra uma história, muitas vezes com letras primorosas que, com o ritmo das baterias e a plasticidade das alegorias, acabam não sendo as únicas estrelas do desfile. Essa é a essência do Avenida Samba Canção, através de outra roupagem mostrar a beleza, a poesia e a importância desses sambas”, explica IGOR EÇA, idealizador, diretor musical e arranjador do espetáculo.
De Exaltação a Tiradentes, samba da Império de 1949 (dizem que é o primeiro samba a ser desfilado, gravado e a fazer sucesso, sendo assim pode ser considerado o marco do nascimento deste gênero e consequentemente fazendo 70 anos em 2019)a sambas atuais. Passando por pérolas como “Herois da Liberdade” (Imperio 1969), onde um samba enredo consegue com o país mergulhado numa ditadura, apenas 2 meses depois de decretado o AI5 pedir o fim da tirania. Samba de Silas de Oliveira que usa uma velha tradição dos sambas enredo: dar voz aos heróis nacionais. Outra joia do roteiro: Onde o Brasil aprendeu a liberdade (Vila Isabel 1972), obra prima do Martinho que conta uma parte importante da história do Brasil, através das ricas manifestações culturais de Pernambuco. Os Sertões (Em Cima da Hora 1976), que chega a usar até partes do livro de Euclides da Cunha na letra do samba. E assim temos: Xica da Silva, Estrela de Madureira, Bum Bum Paticubum e outros mais.
Ao lado de IGOR EÇA ao violão e a voz cristalina da PAULA SANTO, o percussionista MINGO ARAÚJO forma a base do espetáculo montando a sonoridade de uma mini bateria de escola de samba ressaltando as nuances musicais do gênero. Neste espetáculo teremos a participação especial da Ná Ozzetti.
O espetáculo já foi apresentado no Rival, Sala Baden, Centro de Referencia da Tijuca, Casa de Cultura Laura Alvin (uma temporada de 4 semanas) e no Blue Note no Rio de Janeiro, Theatro NET Rio e Salvador, Fortaleza, SESC Santo André SP e no Imperator – Centro Cultural João nogueira.
O show angariou elogios como o do consagrado pianista e arranjador GILSON PERANZZETTA: “Fiquei encantado e emocionado ao assistir o espetáculo “AVENIDA SAMBA CANÇÃO”. A concepção harmônica e os arranjos inspirados de IGOR EÇA somados a voz da PAULA SANTORO e a percussão de MINGO ARAUJO conferem um novo olhar a sambas enredo que se já eram bonitos ficaram lindos. Os andamentos mais lentos permitem apreciar a beleza das melodias e das letras. A formação em trio, soando com se fosse uma “orquestra” me fizeram mais uma vez constatar que em música, na verdade, o menos é mais. Parabéns a IGOR EÇA, parabéns a todos pelo espetáculo sensível e criativo.”
HUGO SUKMAN no texto que escreveu de apresentação do espetáculo: “Ao fazer como canção os mais lindos sambas-enredos, Igor provoca essa estranha emoção da descoberta de algo que sempre esteve ali, como que intocado, despercebido, como se tirassem todas as fantasias e encontrassem a beleza do corpo nu. Ouvir aqueles sambas tão famosos só no violão, na voz de Paula Santoro e na levíssima percussão do Mingo Araújo (que contém a origem de toda bateria) é isso: uma espécie de alumbramento.”
A realização e coordenação do projeto são assinadas por Dulce Lobo.