Em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil, a temporada de “Billdog 2 – O monstro dentro dele” foi prorrogada até 1º de março, com apresentações de quarta a domingo, às 19h30. Depois do sucesso de público e crítica de “Billdog” (2012), o ator Gustavo Rodrigues retorna à cena como o assassino de aluguel Billdog – protagonista de uma série de três peças independentes (“Bane”, no original) do ator e autor inglês Joe Bone, que viraram hit em Londres. A direção é do próprio Gustavo junto com Joe e Guilherme Leme Garcia assina a supervisão artística.
Na trama, o anti-herói Billdog, Gustavo Rodrigues interpreta não apenas o mercenário que dá nome à peça, mas todos os 46 personagens. Em cena, o ator é acompanhado do músico Tauã de Lorena, que assina a direção musical e executa, ao vivo, a trilha sonora original composta por Ben Roe. O protagonista Billdog ganha a vida como um mercenário nas ruas de uma cidade fictícia, em algum lugar da América. O fardo de ser um criminoso começa a pesar em sua consciência. Deprimido e tendo pesadelos, ele se consulta com um psiquiatra. Mas, enquanto tenta colocar a cabeça no lugar, ele precisará acertar as contas com um velho amigo, acabar com o mafioso que quer matá-lo e lutar contra um monstro tóxico.
O cenário é uma caixa preta. A simplicidade da cenografia e do figurino (Gustavo veste uma única roupa) dão espaço para o ator se desdobrar nos 46 personagens em diferentes lugares no decorrer da trama – do escritório do mafioso Ivan ao clube de pôquer Jackpot, passando pelo consultório do psiquiatra Dr. Purum Fuki até o antigo porto da cidade contaminado com um misterioso lixo tóxico. Além dos diálogos, Gustavo se incumbe dos inúmeros efeitos sonoros que pontuam a história: barulhos de carros e motos, portas rangendo, tiros, gavetas abrindo e fechando, cigarros sendo acesos.
Em “Billdog 2 – O monstro dentro dele”, o ator foi buscar na cultura pop dos anos 70 e 80 referências para a construção da encenação e dos personagens criados por Joe. “Queria fazer uma peça com referências desse período que constituiu minha infância e adolescência, meus sonhos e descobertas, com influências das músicas de bandas como The Doors, Legião Urbana, Blitz, Cazuza; filmes do Tarantino, do Batman e que passavam na Sessão da Tarde”, conta.