Ator, autor, diretor, professor e crítico teatral, Lionel Fischer é o convidado desta semana do projeto Teatro Tônico, ciclo de palestras sobre a história do teatro ocidental promovido pelo Tablado. O tema do encontro de sexta-feira (16 de agosto, às 20h30) é “Uma Revolução sem Botas – grupos renovam a cena carioca, ainda cerceada pela ditadura” e Lionel dividirá a palavra com amigos especiais: os diretores, atores e produtores Moacir Chaves, Susanna Kruger, Gustavo Gasparani e Paulo Reis.
“A partir do famigerado março de 1964, todas as manifestações artísticas passaram a ser massacradas sob o abjeto taco da censura. No caso específico do teatro, incontáveis peças foram proibidas e as que conseguiram chegar à cena, em sua maioria, o faziam mutiladas ou então apresentavam enredos metafóricos, nem sempre compreendidos pelo público. Mas tal recurso, em muitos casos, era o único possível. No entanto, no final da década de 70, a cena carioca começou a exibir uma verdadeira revolução, tanto do ponto de vista formal quanto de conteúdo. Vários e diferenciados grupos surgiram e conseguiram exibir seus trabalhos, talvez por serem considerados inofensivos pelos detentores do poder. E nos anos 90, além do surgimento de novos grupos, vários encenadores se destacaram. Por questões de adequação ao tempo disponível, nosso foco recairá sobre a trajetória artística do diretor Moacir Chaves (que estará presente) e as realizações dos grupos Atores de Laura, Cia. dos Atores e Pessoal do Despertar, que estarão representados, respectivamente, por Susanna Kruger, Gustavo Gasparani e Paulo Reis”, adianta Lionel Fischer.