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ESPETÁCULO CHUVA DE ANJOS, DE SANTIAGO SERRANO, EM CARTAZ NO GIOSTRI TEATRO.

Postado por Redação Instituto Pinheiro em 17/05/2022 - 13:28:24

Texto inédito do dramaturgo argentino propõe uma reflexão sobre a solidão e o individualismo nas grandes cidades. Com direção de Reginaldo Nascimento, elenco reúne as atrizes Amália Pereira e Vera Monteiro em montagem do Teatro Kaus Cia Experimental.

Com texto inédito do dramaturgo argentino Santiago Serrano, o espetáculo CHUVA DE ANJOS está em cartaz às quintas e sextas, às 20h30, no GIOSTRI TEATRO, até o dia 10 de junho. Com pinceladas de ironia e utilizando do recurso do Absurdo, a peça propõe, ao abordar o tema tabu do suicídio, uma reflexão sobre a solidão e o isolamento social nas grandes cidades. Montagem do Teatro Kaus Cia Experimental tem direção Reginaldo Nascimento e reúne as atrizes Amália Pereira e Vera Monteiro.

Escrita em 2001, Chuva de Anjos apresenta um diálogo improvável entre duas mulheres em uma praça, rodeadas de edifícios altos, de onde se atiram alguns suicidas. “Um encontro casual entre duas desconhecidas que nos permite visualizar um mundo apocalíptico, mas também reversível. Com humor, estas mulheres expõem suas fraquezas e forças. São um reflexo de nós mesmos, como testemunhas e em parte cúmplices da queda de um paraíso perdido”, afirma o autor Santiago Serrano.

A peça fala principalmente do isolamento, da falta de compromisso com o outro em uma cidade de prédios, com paredes que abrigam, mas, também nos encerram em pequenos mundos privados e nos fazem indiferentes ao que sucede ao nosso lado. Enquanto cada personagem, mulher de cinza e mulher de preto, se torna o cenário de sua própria tragédia, os males da contemporaneidade são apontados em um jogo de claro-escuro, de palavra e silêncio, de presença e ausência, e de caídas metafóricas.

“Nossa modernidade é alimentada pelo narcisismo e o medo do outro. O mundo virtual é um lago onde nos afundamos, presos por nossa própria imagem. Os habitats estão ficando cada vez menores e o medo nos faz permanecer neles. A rua é uma zona de risco constante e perdeu a possibilidade de ser um centro de participação comunitária. Estamos sozinhos e na defensiva. Foi criado um círculo vicioso onde a única saída para muitos é um salto no vazio, seja metafórico ou concreto”, completa o autor.

O espetáculo é focado no trabalho das atrizes, que desenvolvem uma composição cênica que que transita pelo absurdo e o real, o onírico e o trágico, construindo uma cena hibrida. “Diante do público (edifícios), as personagens deixam que, aos olhos da plateia, a imaginação caminhe com a dramaturgia. Abusando da teatralidade, explicitam a angústia dos que buscam uma saída num salto finitivo, no último suspiro que se solta diante da morte”, afirma o diretor Reginaldo Nascimento.

O cenário, de Reginaldo Nascimento, que também assina a trilha sonora, apresenta uma praça formada apenas por um banco e uma pequena árvore. Os figurinos, de Telumi Helen, retratam personagens distintas, uma com uma modelagem cheia de rigor e a outra em aparente desconstrução. A iluminação, de Vanderlei Conte, trabalha com matizes de cores que revelam o jogo das atrizes e ampliam e diminuem o campo de visão da cena. A sonoplastia mescla sons de cidade e músicas instrumentais para pontuar transições e acentuar algumas nuances.

A peça fez uma temporada online, gravada de forma remota e exibida no Youtube das Oficinas Culturais do Estado de SP, em outubro de 2021, como uma das contrapartidas do projeto Teatro Kaus 22 anos, beneficiado pelo Proac Lab 47/2020. Em setembro do mesmo ano participou do projeto Artes Cênicas em Processo, do Sesc Pinheiros, com um documentário sobre o processo de criação da peça online. A pesquisa sobre Chuva de Anjos teve início em 2018, com uma leitura encenada na Oficina Cultural Oswald de Andrade.

Sinopse: Duas mulheres de personalidades e trajetórias de vida totalmente diferentes se encontram ao acaso em um espaço público. Um evento inesperado é testemunhado por elas, seguidos de outros igualmente contundentes. As interpretações e embates que se seguem são a tradução de mundos distintos que colidem. Será possível o entendimento? A experiência do Humano pode ultrapassar as experiências individuais? Após o final inesperado, poderá o espectador ter convicção total sobre o que aconteceu naquele espaço?

 

Santiago Serrano: Dramaturgo, teatrólogo, psicanalista e psicodramaturgo. Durante os últimos dez anos leciona oficina em diversas cidades da Argentina e outros países como: Brasil, França e Bolívia. Realizou estudos teatrais com Néstor Raimondi, Inda Ledesma, Manel Barceló (Espanha), Williams Wilcox Horme (USA), Enrique Buenaventura (Colômbia), Arístides Vargas (Equador), Augusto Boal (Brasil). Trabalhou como professor de la Cátedra de Grupos da Escola Municipal de Arte Dramática, em Buenos Aires. Criou o Grupo Teatral Encuentros com quem trabalhou até 2002. Ganhou o prêmio de Melhor Obra Original no Festival de Teatro do Centro Cultural Gral San Martín com o texto Dinosaurios, que foi traduzido e encenado no Brasil pelo Grupo Cena, de Brasília. No Brasil também já escreveu em português para uma montagem do espetáculo Eldorado, com interpretação de Eduardo Okamoto; e também a obra Noctiluzes, escrita especialmente para o Grupo Plagio, de Brasília. Ganhou prêmios na América Latina: o 4º Concurso Nacional de Obras de Teatro Breve del Instituto Nacional del Teatro (Argentina) pela sua obra Se mira y no se toca; o 2º prêmio no Certâmen Internacional de teatro da Cidade de Requena (España) organizado por CAT Arrabal com sua obra Sexualmente hablando. Convidado pela Maison des Ecrivains de Paris leciona uma oficina de dramaturgia e várias conferências na Universidade de Grenoble (França). Participou do Projeto Fronteiras realizado pelo Teatro Kaus na cidade de São Paulo, onde fez parte do Ciclo de Debates sobre o Teatro na América Latina e lecionou uma oficina de dramaturgia no Centro Cervantes. Sua obra Por las diez pulgadas de un bárbaro, co-escrita com Pablo García Gámez, foi selecionada como finalista de Pregones Theater’s 2007 Asuncion Project na cidade de Nova York. Escreveu ainda as peças: A RevoltaEntre NósMãos LimpasEl MoralesA Pupila As filhas de Eva, entre outras.

Reginaldo Nascimento: Ator e diretor teatral. Fundou o Teatro Kaus Cia Experimental em 1998. Mestrando em Artes Cênicas na Unesp-SP (Linha de Pesquisa Poéticas e estéticas Cênicas). Desde 1993 se dedica especificamente a Direção Teatral e a pesquisa do teatro de grupo, tendo assinado a direção de mais de 20 espetáculos.  Além das peças do Teatro Kaus, dirigiu também os espetáculos: A Palavra Progresso na Boca de Minha Mãe Soava Terrivelmente Falsa, de Matéi Visniec; Marat – Sade (A Perseguição e Assassinato de Jean-Paul Marat), de Peter Weiss; Pigmaleoa, de Millôr Fernandes; Cala a Boca Já Morreu, de Luís Alberto de Abreu; e A Boa, de Aimar Labaki. Dentro do Teatro Kaus organizou e editou três publicações sobre dramaturgia de língua hispânica. A primeira foi o livro Cadernos do Kaus – O Teatro na América Latina, publicado no projeto Fronteiras, em 2007, contemplado pelo Programa de Fomento, em 2006. A segunda foi a revista Hysterica Passio, publicado no projeto de mesmo nome em 2016, contemplado com o Prêmio Zé Renato de Teatro, em 2015. A terceira foi o Cadernos do Kaus – Teatro Kaus, Da América Latina à Espanha, 10 anos de dramaturgia hispânica, publicado no projeto de mesmo nome em 2018, contemplado pela 30ª Edição do Programa de Fomento, em 2017. Em agosto de 2009, idealizou e executou juntamente com o Grupo Kaus e em parceria com o Instituto Cervantes a Mesa de Debates Um Certo Arrabal, evento que trouxe a São Paulo o Dramaturgo Fernando Arrabal.

Teatro Kaus Cia Experimental: Radicado em São Paulo desde outubro de 2001, o Teatro Kaus Cia Experimental foi criado em dezembro de 1998, em São José dos Campos, pelo ator e diretor Reginaldo Nascimento e pela atriz e jornalista Amália Pereira. Na capital paulista, a Cia. encenou as peças Contrarrevolução (2018), de Esteve Soler; Hysterica Passio (2015/2017) e O Casal Palavrakis (2012/2014), ambas de Angélica Liddell; O Grande Cerimonialde Fernando Arrabal (2010/2011); A Revolta, do argentino Santiago Serrano (2007); El Chingo, do venezuelano Edilio Peña (2007); Infiéis, do chileno Marco Antonio de la Parra (2006/2009); Vereda da Salvação, de Jorge Andrade (2005/2004) e Oração para um pé de chinelo, de Plínio Marcos (2002). Com a peça A Revolta participou em julho de 2007 do XVIII Temporales Internacionales de Teatro, em Puerto Montt e da Lluvia de Teatro de Valdivia, ambas no Chile. Em 2017 e 2018, realizou o Projeto Teatro Kaus – Da América Latina à Espanha – Dez anos de dramaturgia hispânica, beneficiado pela 30ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, que contou com um ciclo de debates, um ciclo leituras, temporada da peça Hysterica Passio e estreia e temporada da peça Contrarrevolução, além da publicação do livro Cadernos do Kaus nº 3, um registro documental de todas as ações do Projeto, contendo quatro peças do autor Esteve Soler. No final de 2015 foi contemplado pela 3ª edição do Prêmio Zé Renato para circulação da peça Hysterica Passio, um ciclo de debates e a publicação de uma revista do mesmo nome, com o texto da peça, artigos escritos pelos debatedores convidados, além fotos do espetáculo e de desenhos do cenário e figurinos. Em 2016 e 2017, realizou o Projeto Fronteiras – O Teatro na América Latina, beneficiado pela 9ª edição do programa de Fomento ao Teatro, que contou com um ciclo de debates, um ciclo de leituras, oficinas, temporada da peça Infiéis e estreia e temporada das peças A Revolta El Chingo, além da publicação do livro Cadernos do Kaus nº 1, um registro documental de todas as ações do Projeto e os textos das peças encenadas.

Para Roteiro

CHUVA DE ANJOS – Estreou dia 5 de maio de 2022, quinta-feira, às 20h30.

  • Texto: Santiago Serrano.
  • Tradução: Vera Monteiro.
  • Direção: Reginaldo Nascimento. Com o Teatro Kaus Cia Experimental.
  • Elenco: Amália Pereira e Vera Monteiro.
  • Duração: 70 minutos.
  • Gênero: Humor ácido.
  • Recomendação: 14 anos.
  • Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia). Quintas e sextas, às 20h30. Até 10 de junho. 

  • OBS: No dia 26 de maio, quinta-feira, não haverá apresentação.

 

GIOSTRI TEATRO – Rua Rui Barbosa, 201, Bela Vista, São Paulo, SP.

  • Telefone: 2309-4102.
  • Capacidade 50 lugares. Bilheteria abre uma hora antes do início do espetáculo.
  • Vendas online pelo Sympla. Café. Ar-condicionado. Acesso para pessoas com deficiência.
  • Aceita todos os cartões, exceto vale-alimentação.

 

 

Data: 05/05/2022 até 10/06/2022
Horário: 20:30 às 21:40
Quando: Quinta, Sexta
Valor: R$ 40,00 Reservar convite
Fonte: Assessoria de Imprensa Amália Pereira
Local: GIOSTRI TEATRO
Endereço: Rua Rui Barbosa, 201, Bela Vista, São Paulo, SP

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