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Eu Estava em Minha Casa e Esperava Que a Chuva Chegasse

Postado por Redação Instituto Pinheiro em 09/01/2019 - 12:03:38

O mais recente trabalho de Antunes Filho, Eu estava em minha casa e esperava que a chuva chegasse do dramaturgo contemporâneo francês, Jean-Luc Lagarce, retrata o cotidiano de cinco mulheres que esperam a volta do caçula da família. Nesta peça, de modo atemporal, descortina-se um contar interminável de hipóteses sobre o retorno do único homem, que partiu de casa, após se desentender com o pai.

 

No decorrer do espetáculo – e de suas múltiplas versões –,o espectador assiste a um entrecruzar-se contínuo de possibilidades. Neste jogo cênico, o enredo, aparentemente simples, encontra-se estrategicamente costurado pelas cinco mulheres. Resta ao espectador tecer a sua própria versão da história. O elenco é composto pelas atrizes Fernanda Gonçalves, Daniela Fernandes, Viviane Monteiro, Susan Damasceno e Rafaela Cassol.

 

Neste momento em que se debruça sobre Jean-Luc Lagarce, Antunes defronta-se com um dramaturgo, que é atualmente o autor contemporâneo mais montado na França, o qual traz em suas peças, o uso sistemático e aleatório dos fluxos de pensamento, memória e imaginação, que servem como contraponto a uma realidade que a cada dia faz com que as personagens se sintam mais solitárias e presas nos próprios processos mentais de significação, criando algo único, genuíno e singular. E Antunes busca dar conta desta narrativa enovelada estabelecendo uma responsabilidade na atuação. O ator/atriz-criador como possibilidade de ação que se desdobra para futuros sempre incertos.

 

Sobre a dramaturgia

Lagarce compôs seu espetáculo à maneira de um novelo narrativo. Nele não há apenas um fio exposto, guiando e orientando a história. Ao contrário, existem inúmeros fios que levam a “soluções” e a caminhos diversos. Cada uma das cinco mulheres apresenta a sua versão, ou seja, no desenrolar da encenação, uma a uma tece seu ponto de vista e a forma como imaginou e imagina os fatos.

 

A partir dessas versões, o espectador se depara com uma gama de possibilidades, advindas dos fios narrativos que ora convergem, ora se contrastam. Assim, por exemplo, o conflito que estrutura o enredo, a saber, o desentendimento entre pai e filho que culminou na partida do caçula, é representado – instaurando assim um verdadeiro metateatro, complexo e labiríntico – e imaginado, sobretudo imaginado, pelo prisma subjetivo lançado por cada uma delas, as quais sustentam esta família inominável.

 

Sobre o espetáculo

O espetáculo de Antunes Filho consegue extrair a teatralidade do texto de Lagarce, minuciosamente elaborado e estrategicamente embaralhado, para o palco. Para isso, a atenção do diretor redobrou-se constantemente, uma vez que foi preciso, antes mesmo de conceber a encenação propriamente dita, investigar, mapear e decifrar a escrita poética deste importante dramaturgo e diretor teatral.

Data: 18/01/2019 até 24/02/2019
Horário: 21:00
Quando: Sexta a Domingo
Valor: R$ 40,00
Site/E-mail: www.sescsp.org.br
Fonte: Assessoria de Imprensa Sesc Consolação
Local: Sesc Consolação
Endereço: Rua Doutor Vila Nova, 245 - Vila Buarque
Telefone: (11) 3234-3000

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