“Eu quero construir um silêncio com essa exposição, mas não necessariamente um silêncio confortável. Vivemos um período de muita angústia e ansiedade, em todos os níveis de relacionamento. Então expor angústias e ansiedades individuais pode ser político”. Essa fala é da artista Andréa Tavares, inaugurou sua exposição individual e inédita Gabinete Ansiedade, na Oficina Cultural Oswald de Andrade.

 

A curadoria da mostra foi feita em cima de cerca de 4 mil imagens coletadas – entre impressos, estampas, pinturas, desenhos e fotos de pequenos objetos, como brinquedos e pedras –, resultando em mil imagens finais, que irão compor Gabinete Ansiedade.

 

Gabinete Ansiedade cria um espaço inundado de imagens, uma sala como um lugar de reflexão sobre a produção de lembranças e de afetos. A exposição está muito relacionada com a gravura, que é compreendida como meio de reprodução e de compartilhamento de imagens e de arquivos de informação. A mostra é o resultado de um grande projeto de Tavares, chamado “Arquivos de O.”, que é uma coleção de imagens que a artista coletou desde 2009. Dentro desse trabalho tem a “Célula das lanternas, da habitação do corpo e da ansiedade”, segmento que será apresentado na exposição.