Salters tocava com vários artistas em Paris (Femi Kuti, M.M., Vercoquin, DJ Mehdi, entre outros) antes de se mudar para São Francisco (EUA), em 1999, quando começou a trabalhar com colagens de funk usando teclados vintages, um computador e um microfone. Lá, entrou para o casting do selo Quannum e completou o primeiro álbum da General Elektriks, chamado Cliquety Kliqk. Comparado pela revista norte-americana URB ao “Ennio Morricone do século XXI”, o álbum é uma mistura distante de funk vintage, hip hop, riffs noir e melodias pop.

 

Depois da turnê do álbum, ele se juntou os rappers Blackalicious para trabalhar em estúdio no então The Craft.

 

Ao mesmo tempo, Hervé Salters formou o trio de San Francisco, Honeycut, com o cantor Bart Davenport e o baterista e programador Tony Sevener. A Quannum Projects lançou seu primeiro álbum aclamado pela crítica, The Day I Turned To Glass (2006).

 

O segundo disco da General Elektriks, Good City For Dreamers, foi lançado em 2009. Neste álbum, Hervé desenvolveu um som mais orgânico do que seu antecessor, misturando baterias sampleadas | programadas, teclados ao vivo, buzinas e cordas de uma forma mais perfeita e colocando-os a serviço de músicas dirigidas por suas próprias melodias vocais. A moderna marca psicodélica de Good City foi liderada pelo single Raid The Radio, grande hit das rádios francesas que o levou a uma turnê de 18 meses por cinco continentes. O disco foi lançado no Brasil pelo selo Oi Música/Urban Jungle em 2010 e rendeu três turnês no país em seis anos.

 

Durante os últimos anos, Hervé se mudou para Berlim e co-produziu o álbum Dragon Slayer do rapper Pigeon John de Los Angeles. Ele também escreveu e produziu a trilha sonora de uma minissérie de TV para a rede francesa France 2, “Les Beaux Mecs”, e fez uma série de remixes para nomes como Femi Kuti e Mayer Hawthorne. No ano 2016, co-produziu com Pupilo o disco Tropix da cantora paulista Céu, que rendeu dois Latin Grammys de melhor disco de pop brasileira e de melhor som. Em 2018, participou da gravação do disco A Pele do Futuro, da Gal Costa. Neste mesmo ano, saiu mais um disco do General Elektriks, Carry No Ghosts, considerado pela crítica especializada um dos melhores da discografia da banda.