mar 20204

Hamilton de Holanda – No Show Solo

Postado por Redação Instituto Pinheiro em 22/01/2020 - 11:21:23

TU, com letra maiúscula. Em capslock para acentuar a grafia da palavra e assim mergulhar
em seu significado. TU sou eu e é você. TU é a gente. Tu também é dois. Two. Eu e Gustavo,
meu irmão e parceiro musical. Tu é para. É oferenda. A ideia do disco nasceu a partir de uma
gira que fizemos voz e violão, formato que eu gosto de chamar de “nude”, porque é como se
as músicas estivessem peladas. Tocar as músicas desse jeito nos aproximou da espinha
dorsal de cada canção. E fiquei com vontade de gravá-las assim: um violão, uma voz e
algumas poucas percussões.

 

Este é o conceito do disco. Sobretudo em um momento onde a tecnologia nos dispersa e a
overdose de informação nos sobrecarrega, quis fazer um disco mais íntimo, mais próximo,
mais cru. Em tempos de relações rasas, esse é um disco que me aproxima do ritual da
fogueira. Do olho no olho. Dos meus amigos. Os antigos e os novos. Os da floresta e os da
cidade. Tu sou eu, Gustavo e Stéphane San Juan. Gustavo no violão e na inventação das
músicas junto comigo. Stephane nas percussões. Os dois na produção do disco. Scotty Hard
foi o engenheiro de som.

 

A primeira intuição que tivemos para TU é que seria um disco de releituras, mas durante o
processo músicas novas apareceram. Cinco novas e quatro releituras. Ao todo são nove e eu
gostei desse número porque o 9 contém a experiência de todos os números anteriores. Tem
a ver com o conceito do disco: incorporar em sua atmosfera e existência a experiência dos
discos anteriores.

 

Das regravações, vieram a minha “Pedrinho” e “Desinibida”, parceria com o músico
português Tomás Cunha Ferreira, da banda Os Quais. Elas entraram para o disco porque
trazem personagens livres e gente livre merece destaque. São praticamente a mesma
pessoa. “Algo Maior” (minha, do Gustavo e do meu pai Luiz Chagas) e “Dois Cafés” (minha e
do Gustavo) foram relidas porque que precisavam ser ditas de novo. Foram tocadas poucas
vezes nos shows com banda e verbalizá-las me fortalece.

 

Das novas, fiz “Pólen”. “Game” e “Tu” são parcerias com Gustavo. “Terrorista del Amor” é a
minha segunda experiência em uma composição coletiva (a primeira foi em Víbora). É uma
parceria com Ava Rocha, Paola Alfamor, Gustavo Ruiz e Saulo Duarte. “Pedra”, que fecha o
disco, é uma música feita pelo meu pai, Luiz Chagas, no ano em que nasci e que nunca tinha
sido gravada. Tenho dois convidados muito especiais no disco. Mauro Refosco, em “Algo
Maior” e Adan Jodorowsky em “Terrorista del Amor”.

 

Gravamos as músicas no estúdio do Scotty, no Brooklyn, em duas semanas. Incrível o jeito
que ele capta e o som. O violão do Gustavo ficou especial. Impressionante a sintonia que se
deu entre a gente e a contribuição de cada um. Gustavo na arregimentação de tudo e na
percepção da minha musicalidade. Stepháne, com seu olhar estrangeiro de francês radicado
no Rio e no Mali, levou nossas músicas para novos lugares e, além de um ar cosmopolita,
trouxe ancestralidade para a nossa fogueira.

 

Este é o nosso primeiro projeto 100% digital. E escolhemos como parceiros a ONErpm, que
nos acolheu de braços abertos no Brasil e em Nova York colocando toda sua estrutura à
nossa disposição. As parcerias foram fundamentais para que TU se materializasse.
Esse disco também é resultado de nossas andanças. Nos dois últimos anos tocamos muito
pela América Latina, sobretudo México, e TU também vem da vontade de dialogar mais com
que está ao nosso redor e parece distante pela barreira da língua.
Esse disco me aproxima de todos os meus cordões umbilicais.

 

Sobre os caras
Gustavo Ruiz é meu produtor musical. Juntos temos muitas conquistas, como um Grammy
de Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro. Gustavo, além de me produzir,
produziu discos de bandas que moram na minha vitrola. Junio Barreto, Trupe Chá de Boldo,
Zé Pi, Juliana Kehl, Porcas Borboletas, Verônica Ferriani, Pedro Moraes, Plutão Já Foi Planeta
e agora Maurício Pereira.
Gustavo conheceu Stéphane quando tocavam juntos na banda da Vanessa da Mata.
Stepháne hoje vive entre Brasil e EUA e já tocou com importantes nomes, como a dupla
africana Amadou e Mariam e a inglesa Jane Birkin. Ele nos apresentou Scotty Hard,
reconhecido por seu trabalho com artistas de hip-hop e jazz, como Cypress Hill e Medeski
Martin and Wood. No Brasil, Scotty gosta de trabalhar com a Nação Zumbi.
Stepháne é amigo do Mauro Refosco, percussionista brasileiro radicado em NY e ele um dia
foi visitar a gente no estúdio. Já conhecíamos o seu trabalho com a banda Forró in The Dark e suas contribuições com David Byrne, Red Hot Chili Peppers e Tom York, além de muitos amigos em comum. Mostramos algumas músicas para ele e sua presença no disco acabou sendo inevitável. Ele fez o arranjo de percussões junto com o Stephane em “Algo Maior.
Adan Jodorowsky entrou para a história porque eu entendi durante as gravações que
precisava de uma voz caminhando comigo em “Terrorista del Amor”. Adan é filho do diretor
Alejandro Jodorowsky e tocamos em duas ocasiões que homenageavam seu pai, a Feira
Internacional do Livro de Guadalajara e os Prêmios Fênix de Cinema. Adan, além de músico,
também é diretor e ator.
Ouça em todas as plataformas digitais: https://ONErpm.lnk.to/TulipaRuiz

Data: /03/20204
Horário: Confira na descrição
Quando: Sexta-feira
Valor: 140,00
Site/E-mail: www.bluenoterio.com.br
Fonte: Sympla
Local: Blue Note Rio
Endereço: Avenida Borges de Medeiros, 1424 - Leblon

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