“O projeto tem a visão de resgatar da arte a sua veia espiritual. Arte e espiritualidade estão totalmente conectadas. Nós trabalhos bastante com curas, transmutações, o eu superior, o autoconhecimento. Então nós nos inspiramos em alguma Deusa ou Entidade e consagramos a edição a ela. Essa edição trata-se de travessia, profundidade, cura, leveza, autoconhecimento, reflexão e as águas trazem essa reconexão, movimento, limpeza, Mãe Iemanjá é uma das responsáveis por essa cura e limpeza. Ela trata muito das emoções, sendo Iemanjá uma imagem matriarcal”, conta Glaucia Colturato, produtora e criadora do Sunshine Queens.

 

O Sunshine Queens nasceu de uma conversa que a produtora teve com uma amiga. Muito honestamente, as duas discutiam sobre a dificuldade de comunhão entre as mulheres e da dificuldade de conexão com o seu próprio eu feminino.

 

“São diversos fatores. Falta de convivência, falta de diálogo, medo… É engraçado mais nós temos medo umas das outras. Isso foi implantado a muitas gerações. É um trabalho de formiguinha desconstruir o patriarcado. Antes do patriarcado acontecer, nós mulheres erámos muito irmãs. Daí veio a ideia de chamar uma mulherada e troca uma ideia sincera sobre esses sentimentos. Comecei a juntar as meninas e quando vi precisava de um espaço maior, pois o local onde a gente ia fazer o encontro acabou ficando pequeno. Descobrimos que muitas mulheres vivem nesse contexto e que existe muito mais coisa dentro do Feminino Sagrado a ser explorado. Descobrimos que nós temos grande capacidade de nos conectar, e quando isso acontece, algo mágico também acontece”, explica Glaucia.