A origem desse repertório, que contempla a mágica sonoridade da raiz caipira brasileira, tem origem numa pesquisa realizada pelo violeiro Paulo Freire por encomenda de Mônica, há bem mais de 10 anos. Porém, a história desse disco – produzido por Teco Cardoso com arranjos conjuntos da cantora com os músicos – vai além da pesquisa e registra um momento ímpar na carreira de Mônica Salmaso, que mergulhou nessa estética musical e apresenta não necessariamente músicas antigas. Não são apenas releituras, mas um trabalho guiado pela interpretação singular e precisa da cantora, um trabalho caipira com originalidade e assinatura.

 

Sobre a obra, Salmaso declara: “Esse é o ‘meu disco caipira’, com todo o respeito que eu tenho pelo Brasil mais profundo e pelas nossas qualidades criativas que beiram o infinito. O “meu disco caipira” com a minha leitura, minha e de meus amigos que dele participam. Neste momento, é mais urgente do que nunca respeitarmos o que somos e cuidarmos da gente”. O álbum (selo Biscoito Fino) foi lançado, em 2017, com show no Sesc Vila Mariana.

 

As canções gravadas em Caipira são: “A Velha” (D.P., adaptada por Nivaldo Maciel), “Alvoradinha” (D.P.), “Feriado na Roça” (Cartola), “Açude Verde” (Sérgio Santos e Paulo C. Pinheiro), “Minha Vida” (Carreirinho e Vieira), “Agua da Minha Sede” (Roque Ferreira e Dudu Nobre), “Baile Perfumado” (Roque Ferreira), “Bom Dia” (Nana Caymmi e Gilberto Gil), “Caipira” (Breno Ruiz e Paulo C. Pinheiro), “Leilão” (Heckel Tavares e Joracy Camargo), “Primeira Estrela de Prata” (Rafael e Rita Altério), “Saracura Três Potes” (Candido Canela e Téo Azevedo) e “Sonora Garoa” (Passoca).

 

No palco do MASP, Mônica Salmaso canta acompanhada por Neymar Dias (viola caipira), Lulinha Alencar (acordeon), Teco Cardoso (flautas), Luca Raele (clarinete) e Ari Colares (percussão). Silvestre Junior assina a iluminação, Carlos Rocha é responsável pela engenharia de som e Carla Assis pela produção executiva.

 

Terça (10h às 19h30), quarta a domingo (10h às 17h30)