“Em outubro de 2018, assisti DANIEL’S HUSBAND, no Westside Theatre. Fiquei emocionado com a forma sensível da abordagem do tema. Comprei os direitos e traduzi o texto. Apresentei para o produtor Eduardo Barata e agora vamos estrear O MARIDO DO DANIEL”, diz José Pedro Peter, que além de tradutor também participa, da peça, como ator. É a primeira vez que o premiado dramaturgo americano Michael McKeever será encenado no Brasil. “O texto transcende uma questão que seria dentro da perspectiva de uma peça gay. Para mim não existe esta definição como gênero teatral. Existe sim uma literatura Queer, que está em cena. O espetáculo fala sobre qualquer tipo de relacionamento: mazelas e vantagens de uma proteção legal pra qualquer forma de amor”, detalha o diretor Gilberto Gawronski. No elenco: Alexandre Lino, Bruno Cabrerizo, Ciro Sales, Dedina Bernadelli e José Pedro Peter.
O MARIDO DE DANIEL fará ensaios abertos, a R$40 e R$20, nos dias 08 e 09 de janeiro. A estreia será 15 de janeiro, com temporada até 20 de fevereiro, no Teatro Petra Gold, sempre quartas e quintas, às 20h, com ingressos a R$ 80 (inteira).
Daniel (Ciro Sales) e Murilo (Bruno Cabrerizo) formam o casal perfeito. Possuem uma casa sofisticada e amigos divertidos, como o agente literário Bartô (Alexandre Lino) e o jovem idealista Fred (José Pedro Peter). A atriz Dedina Bernadelli interpreta a mãe de Daniel, que torce pelo casamento dos dois. Eles também teriam uma união completa, exceto por Murilo não acreditar em casamento. Acontece uma reviravolta. Murilo não é mais capaz de reparar, modificar, suas escolhas. O MARIDO DO DANIEL é uma ousada reflexão sobre amor, compromisso e família. “O Marido do Daniel é uma comédia de costumes. O texto se comunica com todos que buscam um relacionamento amoroso e a formalização na lei, que pode proteger ou angustiar um casal”, comenta o Gawronski.
“O cenário é basicamente um sofá, representando a casa de um arquiteto. Estamos trabalhando com tudo muito limpo, numa linha clean. De repente, o sofá se abre fazendo a casa se desintegrar”, explica a cenógrafa Clívia Cohen. Em cena, tudo muito organizado, limpo e arrumado. Sofá e mesa alinhados, enquanto uma vitrola toca discos de Cazuza. O desmembramento do sofá, em quatro partes, coloca a casa em desordem, assim como a vida dos personagens. A luz, sem grandes artifícios, será um elemento base para a atuação dos atores. “Em geral, teremos a luz mais realista do que o normal, no sentido teatral. O cenário não é tão realista, mas os dois tem o objetivo de deixar e criar um ambiente para que o texto flua da maneira mais simples possível”, explica Russinho, iluminador do espetáculo. Completam a ficha técnica, o figurinista Humberto Correia, o visagista Fernando Ocazione e a fotógrafa Cristina Granato.