Depois de contar, em vídeos curtos, como foi lidar com “Titus Andronicus”, de William Shakespeare, o coletivo bobik & sofotchka se prepara para colocar em prática a segunda etapa do projeto TITUS ANDRONICUS – o rosto da guerra | Uma experiência analógica para tempos virtuais. O grupo, formado por sete mulheres, com direção de Marcia Nemer, quer se comunicar com o público fora da virtualidade trazida pela pandemia e lidar com o fazer teatral nas possibilidades atuais.
Desta vez a proposta é analógica. Os participantes inscritos recebem pelos Correios uma carta, com instruções e orientações, enviada pelas mulheres do coletivo. Para participar da experiência, é necessário se inscrever gratuitamente via preenchimento de um formulário (listado no serviço). Serão abertos três grupos de inscrições, com cerca de 30 vagas cada um. Entre 4 e 8/10 acontecem as inscrições para o primeiro grupo; entre 18 e 22/10 é a vez da chamada para o grupo 2; e para o preenchimento das últimas vagas, serão abertas de 1º a 5/11.
A correspondência sugere uma semana de atividades em que a pessoa assume o papel de participante da ação ao se colocar não como espectador passivo de uma transmissão virtual – onde não há troca possível entre palco e plateia – mas como alguém que opta por participar do experimento com as atrizes e com o texto de Shakespeare. E aceitar (e realizar) as sugestões feitas nas cartas e pistas deixadas nas redes sociais do grupo.
Chegou uma correspondência
Ao se inscrever, o participante recebe, pelos Correios, uma carta com instruções e envelopes lacrados, identificados pelo dia da semana em que a atividade deve ser realizada.
Nesses envelopes estão as ações que deverão ser executadas ao longo da semana. A primeira delas, por exemplo, é decodificar um texto escondido em Titus Andronicus, de Shakespeare, dentro do perfil online criado especialmente para isso. Ou, ainda, instruções mais voltadas à construção de um ambiente cenográfico, como mexer na luminosidade ou ainda usar a lente (da câmera do celular) para montar uma cena.
Consegue-se criar uma relação entre o participante/espectador e as artistas (e o texto teatral). A mediação do mundo digital é substituída pelo tempo estendido da espera de uma carta que chega pelos Correios e de instruções. Assim, assim, tem-se a sensação de uma presença real, como a experimentada em uma apresentação teatral ‘convencional’, mesmo quando as pessoas envolvidas estão fisicamente distantes.
O projeto foi contemplado pela Lei Aldir Blanc (Lei 14.017/2020), por meio do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e Prefeitura Municipal de São Paulo, através da Secretaria Municipal de Cultura.
Horário: A maior parte das ações você pode realizar na hora que quiser, mas 2 delas acontecem às 20h.
Formulário de Inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdFsWbRqLpyrjaAYcLRwRfcBSyV1MFsojzbtwL43Fmdsb1BXg/viewform
Fotos de divulgação: Dani Lopes