A diretora Elisa Ohtake convida cinco crianças para reinventar o texto Hamlet, de Shakespeare, a partir de suas vivências e da deglutição da própria condição humana. Da fricção entre o universo infantil e a reflexão sobre a humanidade, as crianças criam uma dramaturgia que dialoga diretamente com o personagem de Hamlet como anúncio do homem transumano.

 

A performance traz à cena um corpo transumano capaz de transpor os limites impostos pela biologia, apoiado pela evolução tecnológica e amplificando, assim, suas capacidades físicas, intelectuais e de comunicação. Uma peça adulta feita por crianças, trazendo para a cena futuros utópicos e despóticos, e a percepção do que ainda existe e resiste no mundo como potência.