29 fev 2020

Quando eu morrer, vou contar tudo a Deus

Postado por Redação Instituto Pinheiro em 26/02/2020 - 15:08:31

A história do garoto Abou, refugiado marfinense, ganha os palcos do Sesc Vila Mariana no espetáculo Quando eu morrer, vou contar tudo a Deus. Baseado em fatos, a atração traz o coletivo O Bonde para uma única apresentação no dia 29 de fevereiro e encena a saga do garoto refugiado que foi encontrado enquanto tentava fazer a travessia entre Marrocos e Espanha.

 

Je m’appelle Abou (Eu me chamo Abou) foi a primeira frase dita por um menino marfinense ao ser encontrado escondido dentro de uma mala pelo raio-x da imigração espanhola na cidade de Ceuta, fronteira com Marrocos. Envolto entre as roupas, a cena foi mais um caso a realçar a situação de refugiados no mundo.

 

De forma lúdica e poética, o coletivo O Bonde retrata a situação de abandono e ausência de condições básicas de sobrevivência a que muitas crianças são submetidas, sobretudo as negras, no processo de imigração em massa de africanos para o continente europeu. Este é o ponto de partida para a construção do espetáculo baseado no texto homônimo da dramaturga, cronista e roteirista negra Maria Shu.

 

Para o diretor Ícaro Rodrigues o que mais chama a atenção é a forma como o garoto enfrenta suas dificuldades. “O Abou é um grande guerreiro que lida com a pobreza, com a fome e com a condição de refugiado, mas encontra forças para ressignificar a realidade em que está inserido.”

 

A partir de uma pesquisa afrocentrada e inspirados nos contadores de histórias africanos, os griots, o elenco conta a trajetória de Abou e sua família. Os atores não fingem ser a criança, são narradores do processo migratório e da forma como a vida dele dialoga com as realidades de tantas crianças das periferias brasileiras.

 

A cenografia, assinada por Eliseu Weide, traz uma parede de malas que “inicialmente revela a savana, o espaço onde Abou morava, a África. Com o passar do tempo elas vão se fechando e vem a viagem. Tudo sai de dentro delas simbolizando a memória de Abou, ao mesmo tempo em que essas malas representam o alto número de refugiados”.

Data: 29/02/2020
Horário: 16:00
Quando: Sábado
Valor: 20,00
Site/E-mail: www.sescsp.org.br
Fonte: Assessoria de Imprensa | Sesc Vila Mariana
Local: Sesc Vila Mariana
Endereço: Rua Pelotas, 141 - Vila Mariana
Telefone: (11) 5080-3000

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