Artistas convidados, obras do Acervo Fotográfico do Museu da Cidade e de outras instituições se juntam na exposição para compor uma geografia da sexualidade em São Paulo. Lugares históricos do flerte, como a Ilha dos Amores (Parque Dom Pedro II), Belvedere Trianon e Praça da República estão representados por fotos de Armando Prado, Carlos Moreira, Cristiano Mascaro, Thomaz Farkas e Chico Vizzoni. Os motéis de curta permanência e os espaços de encontros que exercem a função de tornar privativos os locais de sexo ocupam duas salas com obras de Lula Ricardi, Edu Marim, Roberto Wagner e Leo Sombra.
O visitante também poderá observar registros fotográficos que demosntram as políticas públicas de controle da visibilidade do sexo, como a delimitação de uma área de tolerância à prostituição no bairro do Bom Retiro durante o Estado Novo, bem como a repressão à prostituição durante a Ditadura Militar na Boca do Lixo e Boca do Luxo, documentada por Juca Martins na década de 1970.
Ainda discutindo o espaço público, serão apresentadas documentações e ensaios fotográficos que mostram a reivindicação pelo reconhecimento das questões da mulher e de gênero, pautas que tomaram as ruas da capital nos últimos anos, com obras de Nair Benedicto, Márcia Alves, Rosa Gauditano e do coletivo Amapoa.
A exposição se encerra com um conjunto de obras de João e Tamara Barim, Marcela Tiboni, Bernoch, Leandro Tupan e Camila Fontenele, entre outros, que mostram como os artistas paulistanos têm tomado as redes sociais como plataforma de ativismo pelo reconhecimento das diferenças.