Pesquisa britânica afirma que exercício moderado pode contribuir no combate de doenças bacterianas e virais

 

A pandemia do novo coronavírus fez com que muitas pessoas procurassem remédios caseiros e outras formas para tentar melhorar a imunidade. Chás, sucos ricos em vitamina C e atividade física são algumas das estratégias utilizadas. Enquanto algumas são lenda, a prática esportiva já se mostrou benéfica e agora uma pesquisa da Universidade de Bath, da Inglaterra, que contou com dados de outros estudos das décadas de 1980 e 1990, consolida essa informação e comprova que um estilo de vida mais ativo pode reduzir a incidência de doenças bacterianas e virais.

 

O estudo concluiu que a prática de exercícios, tanto em pessoas mais jovens quanto em idosos, está relacionada a uma maior quantidade de células T naïve. Elas reconhecem e respondem a antígenos novos que nunca entraram no corpo. Sendo assim, são elas que permitem que o nosso sistema imunológico responda rapidamente a agentes estranhos. Essas informações permitiram que os pesquisadores concluíssem que a atividade física ajuda no combate aos agentes infecciosos que nunca invadiram nosso corpo.

 

Outra informação retirada da pesquisa mostrou que o exercício físico ajuda a retardar a piora do sistema de defesa que ocorre durante a velhice. Na contramão, houve a diminuição das células T de memória. Elas guardam informações de anticorpos produzidos pelo corpo para o combate contra alguma substância estranha, como uma gripe. Esse grupo fica inativo por muito tempo, mas no momento em que o mesmo microrganismo invasor surge, elas são ativadas rapidamente e agem de forma mais eficaz do que na primeira vez em uma resposta imunitária. Ou seja, sua função é atuar na resposta secundária contra um antígeno que aparece novamente.

 

Para manter o seu sistema imunológico em bom funcionamento, é importante praticar exercícios de baixa e média intensidade. Dessa forma, há um aumento na produção de linfócitos, também integrantes do exército de defesa do organismo. “Exercícios em alta intensidade podem aumentar o estresse oxidativo e piorar a imunidade”, diz o educador físico Thiago Olegário, do Hospital Israelita Albert Einstein.

 

De acordo com o imunologista e diretor-superintendente do Instituto de Ensino e Pesquisa Einstein, Luiz Vicente Rizzo, estes estudos mostram não o aumento da imunidade, mas sim o que podemos fazer para mantê-la no melhor nível possível. “Você tem um patamar de imunidade que pode ser piorado por diversas razões. Quando você fala em melhorar a imunidade, o que você deveria estar falando é manter a imunidade que você tem”, afirma. “O que faz bem para o corpo faz bem para o sistema imunológico.”

 

O sistema imunológico

 

Constituído por uma rede de células e moléculas, o sistema de defesa do corpo tem a capacidade de reconhecer estruturas moleculares ou antígenos (toda substância estranha ao nosso corpo) e responder de forma efetiva contra esses microrganismos, destruindo-os e inativando-os.

 

Dentro do sistema existem dois tipos de imunidade que funcionam em diferentes momentos: a inata e a adquirida. A inata, que nasce com a pessoa, é a primeira linha de defesa do corpo e impede a entrada de um patógeno no organismo. “Ela reage imediatamente a qualquer infecção. Se você tem uma infecção viral, não interessa se provocada pelo novo coronavírus ou pelo Influenza, o vírus da gripe, é preciso controlar a entrada do microrganismo”, afirma Rizzo.

 

A adquirida é a defesa que recebemos ao longo da vida por meio de anticorpos e vacinas. “Ela é muito mais específica, rápida e eficiente” diz o médico. Constituída de mecanismos que expõem as pessoas a vírus e bactérias com objetivo de evoluir as defesas do corpo, a imunidade adaptativa age diante de problemas focais.

 

Fonte: Revista Galileu.


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