Você já deve ter ouvido falar do Stonehenge, assim como a maior parte do mundo. Trata-se de uma estrutura composta, formada por alguns círculos concêntricos de pedras. Alguns deles chegam a medir 5 metros de altura e seu peso pode ultrapassar 40 toneladas. Tema de alguns documentários, músicas e demais produções, o Stonehenge é mundialmente famoso e está localizado no Reino Unido, na Europa.

O monumento tem muita mística ao seu redor e sobre o seu real propósito. Uma das perguntas mais intrigantes é como ele foi construído? Qual a sua finalidade? E de onde vieram essas rochas de arenito?

Nem todas essas perguntas podem ter respostas. Mas a última conseguiu finalmente ser respondida, depois que um estudo foi publicado na quarta-feira (29) dessa semana. Ele descobriu que a maioria das pedras gigantes, que são conhecidas como sarsens, tem uma origem comum a 25 quilômetros de West Woods. Área que é cheia de atividades pré-históricas.

Descoberta

Essa descoberta reforça a teoria de que esses megálitos foram levados para Stonehenge na mesma época, que foi feito por volta de 2.500 a.C. Essa foi a segunda fase de construção do monumento que, por sua vez, poderia ser um sinal de que os construtores eram uma sociedade bastante organizada.

Outra coisa que a descoberta fez foi contradizer a sugestão anterior de que um grande sarsen, a Pedra do Calcanhar, tinha vindo da vizinhança imediata do lugar e tinha sido erguido antes das outras pedras.

O autor principal do estudo é David Nash, professor de geografia física da Universidade de Brighton. Segundo o pesquisador, ele e sua equipe tiveram que criar uma nova técnica para analisarem os sarsens.

Primeiro, eles usaram raios-X portáteis para conseguir analisar a composição química das rochas. Que são 99% de sílica, mas tem vestígios de vários outros elementos. “Isso nos mostrou que a maioria das pedras tem uma química comum. O que nos levou a identificar que estamos procurando uma fonte principal aqui”, disse Nash.

Depois disso, eles examinaram duas amostras principais de uma das pedras conseguidas durante os trabalhos de restauração em 1958. Mas que tinham desaparecido e ressurgiram em 2018 e 2019. A análise dessas duas amostras foi mais sofisticada feita com um dispositivo de espectrometria de massa. Ele detecta uma variedade maior de elementos com uma precisão maior.

Pedras

A assinatura do resultado foi comparada com 20 locais possíveis de origem dessas rochas sedimentares. Dessas, West Wood é a que mais se aproxima. E somente o filósofo inglês John Aubrey, do século XVII, tinha postulado uma ligação entre “Overton Wood”, provavelmente o nome antigo de West Wood, e Stonehenge.

Estudos antigos tinham descoberto que as “pedras azuis” menores de Stonehenge tinham vindo do País de Gales, cerca de 200 quilômetros a oeste. E de acordo com esse novo estudo, elas e os sarsens foram colocados ao mesmo tempo.

“Então deve ter sido um esforço enorme acontecendo naquele momento. Stonehenge é como uma convergência de materiais trazidos de diferentes lugares”, disse Nash.

Entretanto, ainda não se sabe como os primeiros britânicos conseguiram levar as pedras, de até 30 toneladas, para uma distância de 25 quilômetros. Basicamente, a ideia predominante é que elas foram arrastadas por trenós.

E o motivo para eles terem escolhido West Wood, segundo Nash, poderia ter sido por ser um dos lugares mais próximos.

 

Fonte: Science alert


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