Flamingos são aves que vivem em bandos que podem reunir mais de 1 milhão de indivíduos um tanto quanto parecidos, mas isso não quer dizer que um deles se sente perdido em meio à multidão. É o que aponta um estudo feito ao longo de 5 anos, que indica a formação de pequenos grupos de “melhores amigos” no meio do bando.

 

Publicado na revista “Behavioral Processes”, o estudo acompanhou o comportamento de grupos em cativeiro com até 147 indivíduos, de 4 das 6 espécies de flamingos existentes, ao longo de 5 anos.

 

As “panelinhas” ou subgrupos formados têm de 2 a 4 indivíduos, entre machos e fêmeas, sem se limitar a casais. Um flamingo tende a conviver com esse mesmo pequeno grupo independentemente de sua saúde. Também foram notados grupinhos que evitaram outros durante o período.

 

O estudo não observou nenhum flamingo solitário, mas verificou que alguns deles conseguiam circular em mais de um grupinho.

 

“Parece que, como humanos, os flamingos formam laços sociais por diferentes razões. E o fato de serem laços tão duradouros sugerem que isso é algo importante para a sobrevivência na natureza”, afirmou Paul Rose, do Truste de Vida Selvagem e Áreas Alagadas (WWT) da Inglaterra, um dos autores do estudo, em entrevista ao jornal britânico “The Guardian”.

 

Flamingos parceiros do grupo podem se ajudar a encontrar comida, ficar atentos a predadores ou a perceber quando o bando está se deslocando. Para zoológicos e criadores, o estudo reforça que deve-se evitar separar esses pequenos grupos, e que os bandos devem ter a maior quantidade de indivíduos possível.

 

“Flamingos têm vida longa, algumas das aves do estudo estão em Slimbridge desde a décade de 1960, e nosso estudo mostra que suas amizades são estáveis ao longo de anos”, diz Rose.

 

Fonte: G1


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