A natureza é perfeita e podemos ver isso em seus pequenos detalhes, em seus seres vivos e em todo o funcionamento dela como um todo. Uma das coisas belas da natureza, mas que também desperta um certo medo nos humanos são as florestas e selvas. Sempre há aquela ideia de que elas carregam algo completamente perturbador, além de animais selvagens.

 

Por mais que atualmente se saiba a importância dela para o mundo e se tenha em mente como uma floresta se parece, ela existiu na Terra bem antes de nós. Por isso, a ideia de floresta pode mudar de acordo com novas descobertas.

 

E foi exatamente isso que aconteceu depois da descoberta de uma rede de raízes de 385 milhões de anos. Ela fez com que os cientistas reinventassem a aparência das primeiras florestas do mundo.

 

Floresta

 

Os cientistas reconstruíram os restos do que era uma floresta poderosa e madura na pequena cidade do Cairo, no estado de Nova York. Essa floresta que estava sob a antiga pedreira do departamento de rodovias era o lar de, pelo menos, três das primeiras plantas parecidas com árvores no mundo.

 

Algumas dessas plantas teriam se parecido com grandes talos de aipo, chegando a ter 10 metros de altura. Já outras se pareciam com pinheiros, mas com folhas peludas parecidas com as das samambaias. E uma terceira planta teria surgido depois da palmeira, com uma base bulbosa e copa com ramos parecidos com a de uma samambaia.

 

Por conta das sete seções paralelas do sítio do Cairo, os pesquisadores acreditam que essas primeiras árvores eram bem antigas e grandes. Por isso, elas não estavam juntas umas das outras de forma densa, mas sim espalhadas por uma planície de inundação que diminuía e fluía de acordo com as estações.

 

Os períodos de seca eram uma coisa regular no ciclo dessa floresta. E ela parecia ser o lar de árvores primitivas que antes se pensava terem sobrevivido apenas em pântanos ou deltas de rios.

 

Plantas

 

Essas plantas parecidas com árvores são do gênero Eospermatopteris e se parecem com samambaiais altas em troncos bulbosos. E como elas tem raízes superficiais e que não se ramificam, é provável que elas não resistiriam em condições mais secas. Por isso que elas estarem presentes nessa região é uma coisa confusa.

 

Os pesquisadores supõe que a região antes era um canal abandonado com margens e uma depressão que ficava cheia de água em determinadas estações. E mesmo assim, as plantas Eospermatopteris pareciam prosperar. E isso deve ter continuado por mais de 16 mil anos.

 

Análises

 

De acordo com os pesquisadores, as raízes dessas plantas se adaptaram às condições do semi-árido e à possibilidade de inundação de curto prazo. Contudo, a novas descoberta sugerem que essas árvores primitivas poderiam ter deixado o pântano para condições mais secas.

 

“Esta descoberta sugere que as primeiras árvores podem colonizar uma variedade de ambientes e não se limitam aos ambientes úmidos. As árvores não só podiam tolerar ambientes mais secos, mas também os ambientes hostis das extensas argilas que dominavam as planícies de Catskill”, explicou o ecologista evolucionista Khudadad da Binghamton University, em Nova York.

 

“É possível que, devido à condição ideal necessária para a preservação das paisagens e organismos, os registros fósseis fossem tendenciosos para as áreas de baixa altitude e, portanto, levassem à conclusão de que os Eospermatopteris eram limitados por suas morfologias aos ambientes deltaicos”, pontuaram os autores.

 

E eles duvidam que a estrutura dessa floresta pré-histórica do Cairo seja uma anomalia.

 

Fonte: https://www.sciencealert.com/study-gives-us-a-snapshot-of-what-the-world-s-first-forests-once-looked-like

 

Fonte: Fatos Desconhecidos.


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