Autoridades italianas, entre elas o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, insistem em que o retorno do país a suas atividades tem que ser gradual.

 

A Itália estuda um plano para sair do confinamento e retomar as atividades, após o anúncio do ministro da Saúde de prorrogação do isolamento até 12 de abril, devido à pandemia do novo coronavírus.

 

O número de mortos por Covid-19 no país foi de 837 nesta terça-feira (31). Em decorrência do surto da doença no país, 12.428 pessoas morreram até .

 

Os novos casos foram 4.053, contra 4.050 na segunda-feira (30). Há um indício de que a curva de infecções esteja começando a ficar plana. A região mais atingida, a da Lombardia, passa por um momento de queda brusca.

 

Volta gradual

 

Autoridades italianas, entre elas o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, insistem em que o retorno do país a suas atividades tem que ser gradual.

 

Momento adequado

 

O momento adequado par retomar as atividades poderia ser quando o número de novas infecções for zero, ou próximo de zero, em todo o território. Para especialistas, este momento poderia acontecer entre 5 e 16 de maio, segundo a região.

 

Em Trentino-Alto Adige, extremo norte, esse limite poderia ser em 6 de abril; no Valle de Aosta (norte), em 8 de abril; em Puglia, no dia seguinte; e em Lazio, em 16 de abril, segundo estimativas do Instituto Einaudi de Economia e Finanças (Eief) publicadas pelo jornal “Il Corriere della Sera”.

 

Nas regiões do Norte, as mais afetadas pela doença, esse nível deve ser alcançado em 14 de abril, no Vêneto; em 22 de abril, na Lombardia; e em 28 de abril, na Emiglia-Romana. A Toscana concluiria o ciclo em 5 de maio. A incerteza persiste em algumas regiões, como a Campânia.

 

Os testes, um elemento-chave

 

O presidente do Conselho Superior de Saúde, Franco Locatelli, opina que, para reativar o país, é necessário realizar testes serológicos e comprovar a presença de anticorpos no sangue, de forma a identificar como o coronavírus se propagou, e contar com informações relevantes sobre a “imunidade de grupo”, elemento-chave para proteger toda a população.

 

“A prioridade é a saúde, mas deve ser compatível com os aspectos econômicos, para evitar uma crise ainda mais difícil”, assinalou hoje o jornal romano “Il Messaggero”.

 

A proposta do presidente da região do Vêneto, Luca Zaia, é estudada com atenção. O líder político quer introduzir uma “autorização de circulação” que certifique, com um teste serológico rápido, que um indivíduo não pode transmitir a doença.

 

“A experiênia científica nos diz que é um enfoque correto”, explica Maurizio Sanguinetti, especialista em doenças infecciosas da Fundação Hospital Gemelli, de Roma. O cientista considera que é possível usar uma máquina, que o hospital deverá receber na próxima semana, “que realiza cerca de 1,4 mil testes por dia”, afirmou.

 

Para o estudioso, é necessário combinar testes serológicos, que detectam anticorpos específicos, e testes moleculares, que buscam a presença do vírus no corpo.

 

“Deve-se levar em conta que há um intervalo de cinco dias durante o qual os anticorpos não se desenvolveram e o vírus pode estar presente”, adverte o estudioso, que pede a combinação das duas técnicas para obter resultados mais confiáveis.

 

O calendário

 

O Conselho de Ministros, que se reunirá esta semana, deverá aprovar o confinamento até o Domingo de Páscoa, 13 de abril, e deverá indicar, também, o plano a ser seguido se o número de pacientes diminuir de forma duradoura.

 

A reativação do país vai ser lenta, gradual, e tentará se evitar a qualquer custo que os “positivos” se desloquem pela península, advertiram os cientistas, segundo quem um novo surto poderia gerar uma nova emergência nacional.

 

Fonte: G1


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