Um estudo publicado por cientistas americanos aponta que o maior satélite de Saturno, a lua Titã, possui “demônios de poeira” atuando em sua atmosfera. O fenômeno seria responsável por movimentar partículas e desempenha um importante papel no ciclo de ventos do corpo celeste.

 

No entanto, os “ventos” de poeira não devem tão fortes a ponto de prejudicar a missão DragonFly da NASA, que pretende documentar o funcionamento destas movimentações da atmosfera de Titã. O Dragonfly está programado para ser lançado em 2026 e desembarcar na lua de Saturno em 2034.

 

A atmosfera de Titã

 

A lua Titã é o único satélite em nosso sistema solar com uma atmosfera significativa. Composto principalmente por nitrogênio, a atmosfera tem uma pressão superficial 50% maior que a da Terra. A camada de ar que envolve Titã também é carregada de aerossóis orgânicos que se depositam lentamente na superfície da lua.

 

A missão Cassini que orbitou Saturno entre 2004 e 2017 observou que Titã tem correntes de ventos ativas, capazes de mover dunas gigantes em sua região central. Além disso, foram identificadas três tempestades de poeira localizadas nesta área, provavelmente causadas pelos fortes ventos.

 

“Demônios de poeira”

 

As movimentações de poeira não apenas confirmam que existe um ciclo ativo de poeira em Titã, mas pode sugerir a existência de outros fenômenos de levantamento de poeira, como os vórtices convectivos carregados de poeira, também conhecidos como “demônios de poeira”.

 

Este fenômeno, ainda que seja efêmero, é bastante comum em diversos mundos. Os demônios da poeira ocorrem em regiões áridas da Terra, onde contribuem para a baixa qualidade do ar. Os fenômenos também são onipresentes em Marte, o que representa um risco para a exploração humana.

 

Estudos de imagem para a Terra e Marte sugerem que os diâmetros dos demônios de poeira são cerca de cinco vezes menores que a sua altura. Os cientistas sabem também que o fenômeno não envolve um aquecimento latente e pode ser inibido pela presença de líquidos.

 

No entanto, apesar dos humanos observarem os demônios da poeira há milênios, o nível de compreensão sobre o seu mecanismo que o torna capaz de levantar poeira continua baixo.

 

Desta forma, se existirem demônios de poeira em Titã, o ambiente aerodinâmico exclusivo do satélite de Saturno pode fornecer novas informações para a física sobre estes enigmáticos fenômenos.

 

Fonte: Mega Curioso


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