Idealizado pelo artista e curador André Cunha, o museu tem a proposta de manter um acervo permanente dedicado a essa estética cheia de cores.

 

Considerada um Patrimônio da Humanidade, a charmosa cidade histórica de Paraty (RJ) ganhou recentemente o Miman – Minimuseu de Arte Naif, um acervo permanente de trabalhos que exploram de diversas formas essa linguagem tão autêntica e cheia de cores das artes plásticas.

O espaço, que fica dentro da Galeria André Cunha, no centro da cidade, abriga obras de 122 artistas brasileiros de todas as regiões do país. A ideia é criar um mini panorama da produção de arte naif, a partir do encontro de trabalhos de figuras mais consagradas e de outras menos conhecidas por essa estética.

As obras, provenientes de doações e de coleções particulares, têm um formato reduzido e passam pela curadoria da museóloga Jacqueline Finkelstein, diretora do Museu Internacional de Arte Naif do Brasil; do pesquisador Augusto Luitgards, doutor em Linguística Aplicada e especialista em História da Arte; e do publicitário Pedro Cruz Lima, sócio da instituição ao lado do artista André Cunha.

E o bacana é que o museu tem a proposta de a olhar a estética da arte naif a partir dos mais diferentes temas – e alguns até inusitados. No site da galeria, por exemplo, tem uma mostra virtual de arte erótica.

Ficou curiosa(o) para conhecer o Miman – Minimuseu de Arte Naïf de Paraty? O espaço pode ser visitado apenas com agendamento, feito pelos números de WhatsApp (24) 92000-6735 e (24) 98122-7817 ou pelo e-mail  galerianaifandrecunha@gmail.com. A entrada é grátis!

 

 

Você sabe o que é arte naïf?

 

Surgido no século 19, o termo “naif” associado à arte vem do francês “ingênuo”, “inocente”, “original” e “instintivo”. Essa expressão artística pode até se confundir como arte popular, porque seus artistas fogem das técnicas tradicionais de representação artística – as obras não seguem o uso rigoroso da perspectiva, das formas convencionais de composição e do uso das cores, por exemplo.

A estética, inaugurada pelo pintor francês Henri Rousseau (1844-1910), é caracterizada pelas “cores brilhantes e alegres – fora dos padrões usuais -, a simplificação dos elementos decorativos, o gosto pela descrição minuciosa, a visão idealizada da natureza e a presença de elementos do universo onírico…”, como define este texto da Enciclopédia Itaú Cultural.

E, como a Galeria André Cunha explora tão bem, essa estética autêntica também costuma se manifestar em esculturas, cerâmica, dioramas e outros suportes que extrapolam as pinturas.

Os temas retratados pelos artistas naif contemporâneos também são os mais diversos possíveis: cenas da cultura popular, paisagem, figuras de diversas religiões e formas de espiritualidade, folclore e mitologia, povos indígenas, temas eróticos, entre muitos outros.


Fonte: https://catracalivre.com.br/


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