O reino animal é mesmo fascinante. Uma explosão de cores, de diversidade, de características próprias e únicas. Assim como os seres humanos, eles também têm “personalidade”, se comportam de maneira distinta, são capazes de se adaptar às situações mais adversas. Sem eles, a vida do ser humano não seria possível.

 

Estima-se que existam mais de 7 milhões de espécies em todo o planeta, embora apenas cerca de 950 mil tenham sido catalogadas até o momento. Ainda há muito o que descobrir e é isso que move diversos estudiosos. O mundo natural tem um enorme valor, algo inestimável.

 

Por serem tão diversos, é claro que nem tudo foi descoberto a respeito deles. E conforme o tempo passa, algumas coisas novas são descobertas ou reveladas. Como por exemplo, o menor réptil do mundo cabe na ponta do dedo, no entanto, os seus genitais são massivos.

 

Réptil

 

O Brookesia nana é uma espécie de camaleão extremamente pequena nativa das florestas tropicais do norte de Madagascar. Recentemente, os pesquisadores descreveram um macho e uma fêmea da espécie em um estudo. Eles se surpreenderam com as dimensões pequenas do macho da espécie.

 

O animal mede somente 13,5 centímetros, do focinho à cloaca. O macho adulto dessa espécie é o menor réptil adulto já descrito. A fêmea da espécie mede 19,2 centímetros.

 

“Dado que o plano geral do corpo dos répteis é bastante semelhante ao dos mamíferos e dos humanos, é fascinante ver como esses organismos e seus órgãos podem ficar miniaturizados”, disse o autor do estudo Frank Glaw, herpetologista da Coleção de Zoologia do Estado da Baviera em Munique.

 

Contudo, nem todo órgão é miniaturizado. Os lagartos e cobras machos tem um par de órgãos reprodutivos chamados hemipenos. Eles são dois órgãos gentais tubulares que ficam invertidos dentro do corpo do macho até a hora do acasalamento.

 

Os hemipenos dos Brookesia nana mediam 2,5 milímetros de comprimento quando estavam totalmente evertidos. Isso era cerca de 18,5% do comprimento total do seu corpo.

 

Observações

 

Os pesquisadores escreveram que essa não é uma característica incomum entre os menores lagartos do mundo. O comprimento genital entre os camaleões varia de 6,3 a 32,9% do comprimento total do corpo do macho.

 

“Isso revelou um padrão interessante: as espécies menores geralmente têm os tamanhos genitais proporcionalmente maiores”, escreveu o co-autor do estudo Mark Scherz, herpetologista da Universidade de Potsdam, na Alemanha.

 

Segundo Scherz, isso pode estar relacionado ao dimorfismo de tamanho entre os machos e as fêmeas das espécies minúsculas de répteis. Por mais que a fêmea continue sendo maior que o macho, isso pode ser que uma restrição seja imposta ao tamanho dos seus genitais.

 

Como apenas duas espécies de Brookesia nana são conhecidas é difícil tirar conclusões sólidas a respeito da dinâmica sexual deles. Além disso, os cientistas ainda não sabem o quão esses répteis estão ameaçadas.

 

E como as florestas tropicais de Madagascar estão enfrentando uma ameaça significativa de invasão pelas atividades humanas, como por exemplo o desmatamento e a agricultura, esses pequenos répteis estão correndo perigo. Com isso, sem esforços para uma conservação da espécie esses menores répteis do mundo podem facilmente estarem ameaçados de extinção.

 

Fonte: Fatos Desconhecidos.


Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.