Pessoas com a doença que faz a glicose ficar nas alturas são mais suscetíveis aos estragos do novo vírus vindo de Wuhan (China), aponta nosso colunista

 

Uma nova e preocupante doença viral tem tomado conta dos noticiários desde o início de 2020. Trata-se de uma infecção provocada por um coronavírus.

 

Parece que o vírus pode ter sido transmitido a humanos pela ingestão de animais silvestres na região da cidade de Wuhan, na China. A transmissão inter-humana existe, mas pouco se sabe da forma exata de contágio. Estima-se que o período de incubação do vírus em humanos é de dois a 14 dias — ou seja, o indivíduo pode ter sido infectado pelo vírus e apenas ter os sintomas após dois a 14 dias. Não se sabe ainda se, durante o período de incubação, o vírus seria transmitido entre humanos.

 

Em suma, pouco se conhece sobre a biologia desse agente infeccioso, mas já está claro que ele é capaz de trazer sintomas como os de uma gripe e levar a uma insuficiência respiratória aguda associada ou não a insuficiência renal.

 

Ele já acometeu mais de 2,5 mil pessoas e ocasionou 81 mortes até o dia 26 de janeiro. Calcula-se que a letalidade da doença seja, por ora, inferior a 5%.

 

Mas você vai me perguntar: o que o diabetes tem a ver com o coronavírus?

 

Dentre os casos de morte pela infecção, chama a atenção o fato de ocorrerem em pessoas que já tenham algum grau de comprometimento da saúde, como idosos, pessoas acamadas e portadoras de doenças crônicas. Na China, cerca de 20% das pessoas contaminadas que deram entrada em hospitais tinham diabetes. Dentre os casos de morte, até 10% são de pacientes com diabetes.

 

Não sabemos ainda se a infecção por coronavírus tomará proporções de epidemia mundial e se será altamente letal. Infectologistas ainda estão estudando melhor a doença.

 

Enquanto isso, continuamos nossa batalha contra os números de diabetes no Brasil e no mundo. Temos cerca de 32 milhões de pessoas com diabetes e pré-diabetes no país. A doença é hoje a quarta causa de mortes em mulheres e quinta causa de mortes em homens. Trata-se da principal causa de insuficiência renal crônica e cegueira por aqui, além da segunda causa de amputações.

 

Sim, vivemos uma epidemia de diabetes, que, por ser silencioso, talvez não cause tanto alvoroço.

 

Diante da ameaça do coronavírus, cabe lembrar que o diabetes fora de controle aumenta os estragos provocados por essa e outras infecções. Convém se proteger.

 

Fonte: Saúde Abril.


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