Em 2015, um navio naufragado no século 7 d.C. foi encontrado a cerca de 47 quilômetros ao sul do município de Haifa, em Israel. Assim, desde então, o navio está servindo de material de estudo e trazendo novas informações sobre o período histórico em que foi naufragado. Dito isso, recentemente, finalmente pudemos descobrir os achados encontrados na embarcação e o que eles revelam sobre o passado do Oriente Médio.

 

Com 23 metros de comprimento, a embarcação se encontra localizada a uma distância de 3 metro da superfície. Contudo, para além disso, ela também está coberta por 1,5 metro de areia. Todas essas informações foram divulgadas no estudo que está disponível no periódico da revista Near Eastern Archeology.

 

O Império Bizantino estava começando a perder força no Oriente Médio

 

Para os pesquisadores, ainda não foi possível descobrir a causa do naufrágio. No entanto, ao que tudo indica, não há fatores externos de ataques ou acidentes. Ou seja, “provavelmente foi um erro de navegação”, afirma Deborah Cvikel, líder da pesquisa, ao jornal The Jerusalem Post.

 

Também vale lembrar que, na época em que o navio afundou, no século 7 d.C., os árabes já haviam conquistado a maior parte do que hoje conhecemos como Oriente Médio. Isso porque, o início desse século foi marcado pela queda do domínio cristão na região. Esse poder era representado pelo Império Bizantino que, aos poucos, foi dando lugar para o domínio muçulmano.

 

Dentro do navio, os arqueólogos envolvidos no projeto encontraram inscrições em árabe e grego. Essas inscrições eram feitas em madeira e cerâmicas e estavam espalhadas por várias partes do navio. Além disso, também haviam símbolos religiosos ligados a crenças de cristãos e muçulmanos. No entanto, não foi possível dizer ao certo qual grupo estava no comando do navio. Ou ainda, se esses grupos diferentes conviviam juntos.

 

Mais de 100 vasos de cerâmica foram encontrados dentro da embarcação

 

De acordo com o The Jerusalem Post, dentro do navio foram encontrados mais de 100 vasos de cerâmica. Assim, nos vasos haviam alimentos como azeitonas, figos e uvas. Além de também, ossos de diversos animais, incluindo o de peixes. “Não encontramos ossos de humanos, mas acreditamos que porque o barco afundou tão perto da costa, ninguém morreu no naufrágio”, afirma Cvikel.

 

Ainda que cerâmicas fossem um tipo de utensílio bastante comum naquela época, o tipo que foi encontrado no navio é inédito. Segundo os pesquisadores, é bastante provável que o navio tenha parado nas regiões de Chipre, no Egito, e em algum outro local antes do acidente. Mas, também vale lembrar que a pesquisa ainda não terminou e mais descobertas estão por vir. “Precisamos desvendar a parte traseira do navio, onde provavelmente o capitão vivia”, afirma Cvikel.

 

Para além do que já sabemos, ainda existem partes inexploradas do navio e utensílios que não foram completamente estudados. Portanto, para Cvikel e os outros arqueólogos envolvidos no estudo mais pesquisas servirão para entender melhor questões como: De onde vieram aquelas cerâmicas? Qual a função dos ossos que estavam guardados? Além de também, artefatos do dia a dia que foram encontrados e ainda passarão pela análise.

 

Fonte: Fatos Desconhecidos.


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