Que mentir é feio, todo mundo sabe, até porque é uma das coisas que mamãe sempre dizia. Porém, quando se trata de obras cinematográficas, como séries e filmes, não tem jeito: Precisamos dar um toque de dramaturgia, mesmo em acontecimentos que não tiveram tanto alvoroço envolvido.

 

Na série Narcos, a qual retrata o grande combate entre o grande Cartel de Medellín de Pablo Escobar Gaviria contra as polícias colombiana e norte-americana (e, também, cartéis rivais), por exemplo, não conseguiríamos, nem se quiséssemos, captar todos os assuntos que Escobar conversava com sua esposa ou empregados, pois estamos falando de acontecimentos que se deram entre os anos 70, 80 e 90 (lembrando que, mesmo as escutas por satélite da época, que ajudaram a rastrear Escobar, apresentavam algumas falhas na captação de som). Confira agora, algumas “mentiras” que a série Narcos nos contou para que a dinâmica da série não entrasse para a monotonia (obs: caso você ainda não tenha assistido à série, esta matéria contém spoilers).

 

Steve Murphy nunca esteve em solo colombiano antes da prisão de Pablo Escobar

O agente que narra a história, na verdade, não participaria tanto na primeira temporada da série, se os fatos fossem apurados à risca uma vez que Murphy só chegou na Colômbia após a prisão de Escobar, boa parte das perseguições das quais Boyd Holbrook participou interpretando o agente não existiram. Murphy pisou em terras colombianas três dias antes de Pablo ter se entregado para ser preso em La Catedral.

 

Fizeram Proerd: Peña e Murphy não fumavam

Na verdade, os agentes da D.E.A. não fumavam, este é mais um artifício para passar mais tensão para as filmagens. Compreensível, uma vez que os personagens estavam envolvidos em muita tensão e muitos, no mesmo contexto, só teriam a nicotina para descarregar um pouco o peso dos acontecimentos em suas mentes. Para os verdadeiros agentes, o leão do Proerd faz o seu joinha!

 

Pinochet não mandou os chilenos para o paredão

Na realidade, os chilenos não foram mandados ao paredão, como mostram as primeiras cenas da série (na qual aparece Cucaracha), pelo menos, não na ocasião sugerida. Na realidade, os traficantes foram mandados para os Estados Unidos (não que Pinochet não tenha mandado matar ninguém, mas este não foi o caso). Aliás, esta história justifica a existência de Cucaracha, provavelmente outro personagem fictício da série.

 

Pablo Escobar não ficou com a espada de Simon Bolívar

Ainda não há um consenso sobre esta história. Segundo o filho de Escobar, Juan Pablo, a espada era um brinquedo que ele costumava usar quando pequeno. Quanto ao grupo M-19, sim, eles se apossaram do item histórico, porém, em 1991, quando o grupo guerrilheiro se tornou um partido político na Colômbia, a espada foi devolvida.

 

Não houve humilhação no Congresso

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A cena na qual a foto acima foi mostrada no congresso pelo ministro da Justiça, fazendo com que Escobar se retirasse furioso não aconteceu na realidade. Mas sim, o ministro foi assassinado após demonstrar apoio à extradição do narcotraficante.

 

O ataque ao Palácio da Justiça

O ataque do grupo guerrilheiro M-19 ao Palácio da Justiça da Colômbia é mostrado em Narcos com Pablo Escobar como mandante, uma vez que no prédio estavam armazenados documentos que provavam seu envolvimento em diversos crimes. A mídia da época, inclusive, tentou ligar o ataque a Escobar, porém o tribunal que investigou o caso comprovou que não houve qualquer envolvimento do narcotraficante. Sobre a morte de Iván Marino, o chefe do M-19, esta ocorreu em confronto com os militares e Pablo lamentou a morte do guerrilheiro.

 

Existem outros acontecimentos em Narcos que não possuem qualquer ligação com a realidade, por exemplo, as formas que os personagens Gustavo (primo de Escobar) e Diana (filha do ex-presidente da Colômbia) morreram, ou mesmo quando mostrado que El Patrón se ofereceu para pagar a dívida externa de seu país.

 

 

 

Fonte: TriCurioso.


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