Com o número alarmante de casos confirmados de coronavírus (Covid-19) ao redor do mundo, países têm adotado diferentes medidas para fortalecer o isolamento social. Por exemplo, algumas maternidades nos Estados Unidos, como a do NewYork-Presbyterian Hospital, estão proibindo a presença dos pais ou de qualquer outro acompanhante na hora do parto, e também estão restringindo as visitas à maternidade. Com esse cenário, a pergunta que fica é: e no Brasil? Como está a situação?
“Os países do hemisfério norte já têm o hábito de restringir visitas nos períodos de epidemia de gripe comum, porque a gestante acaba tendo risco para complicações e contaminação pela doença. Portanto, isso já é um hábito deles que é diferente do nosso, inclusive poque temos essa coisa muito festiva, de todo mundo vindo para a maternidade”, explica Renato Sá, obstetra e Coordenador Geral do Centro de Diagnóstico da Perinatal, no Rio de Janeiro.
Entretanto, mesmo que ver o bebê pela primeira vez ainda na maternidade seja um ritual especial para as famílias, o médico esclarece que os cuidados em decorrência do coronavírus estão redobrados. Só que isso ainda não significa que a gestante brasileira não tenha direito a um acompanhante.
“Nós fomos obrigados a proibir as visitas. Mas o acompanhante deve ser mantido, pelo menos até o momento, é a conduta que estamos adotando. A justificativa é que não tem nenhum sentido restringi-lo na maternidade se depois ele vai para casa cuidar do bebê junto com a mãe. Só que é uma pessoa só, que deve entrar e sair com a gestante”, detalha o obstetra.
A mesma atitude de proibir visitas foi aplicada pelas maternidades Pro Matre Paulista, Santa Joana e Santa Maria, do Grupo Santa Joana. Só que, diferente da Perinatal que também restringiu a rotatividade dos acompanhantes, as instituições paulistanas citadas permitem uma troca por dia.
“As maternidades, desde a última segunda-feira (23 de março de 2020), suspenderam a entrada de visitas, por tempo indeterminado, na busca de diminuir a circulação de pessoas em suas dependências. Será permitido um acompanhante (maior de 18 anos) por paciente com direito a uma troca de acompanhante por dia. Somente serão permitidos acompanhantes assintomáticos. Caso o acompanhante apresente sintomas gripais durante o período intra-hospitalar, ele deverá afastar-se.”, informa a nota do Grupo Santa Joana para a imprensa.
Só que é importante ter em mente que, ainda que dentro dessas maternidades seja viável a grávida ter um acompanhante, essa não é a realidade de todas as instituições. Renato explica que a possibilidade de manter um acompanhante junto a mãe varia de acordo com a infraestrutura de cada local. Portanto, os lugares que não conseguirem isolar os pais e os bebês de outras pessoas, as chances de proibir companhias familiares são maiores.
Mas os cuidados de prevenção mudam?
Ainda que estejamos falando de uma mulher que acabou de passar por um processo intenso ou até mesmo cirúrgico, caso tenha sido uma cesárea, e de um bebê recém-nascido, as precauções contra a doença não se alteram.
“Os cuidados são os mesmos para o coronavírus em geral. Higiene das mãos, e se apresentar qualquer sintoma deve ser afastado, permanecendo em isolamento”, pontua o obstetra.
Ele ainda ressalta que para tosses esporádicas, que é comum as pessoas terem, deve-se fazer a etiqueta da tosse, em que se usa a dobra dos braços para cobrir as vias respiratórias e evitar que qualquer gotícula respingue na mãe e no bebê.
Fonte: Bebê.
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