Após aglomeração de pessoas no domingo (5), a Praça Pôr do Sol, na Zona Oeste de São Paulo, foi isolada com tapumes, nesta quinta-feira (9). De acordo com a Prefeitura da capital paulista, a medida é pontual e não se estende para outros locais da cidade.

 

Mesmo durante a quarentena por conta do coronavírus, muitas pessoas ainda estão se aglomerando e desobedecendo as recomendações de isolamento social feitas pelo Ministério da Saúde, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e por decreto do Governo de São Paulo.

 

Aglomeração

 

Neste domingo (5), uma fotógrafa registrou a Praça do Pôr do Sol, no Alto de Pinheiros, cheia de pessoas próximas umas das outras e até comércio ambulante (veja vídeo de drone acima).

 

A fotógrafa Bruna Arcângelo disse ao G1 que recebeu informações de que a praça estava ficando lotada de maneira rotineira e resolveu gravar a cena com um drone. “Moro a 800 metros da Praça do Pôr do Sol. No sábado (4), ouvi algumas pessoas dizerem que a praça estava cheia e de fato tenho visto muita movimentação, especialmente de famílias pela região. Na minha rua, vejo famílias, crianças, todos passeando em grupos de três a quatro pessoas.”

 

Segundo Dania Abdel Rahman Pereira, infectologista do Hospital Albert Sabin, o isolamento social é fundamental neste momento. “As caminhadas na rua, você pode fazer desde que esteja sozinho, que não encontre outras pessoas. Se todo mundo resolver caminhar na rua a gente não consegue fazer o isolamento. Então o intuito do isolamento é você sair somente para atividades essenciais.”

 

Bruna mora com amigas e afirma que segue as recomendações da OMS para evitar o contágio do coronavírus. “Moro com amigas que estão extremamente preocupadas. Então em casa estamos levando bem a sério a quarentena.”

 

O distanciamento social ainda é uma das principais armas para combater a disseminação do novo coronavírus. Além da praça, a Radial Leste amanheceu lotada de carros nesta segunda-feira (6). Na Avenida Brigadeiro Luis Antônio, também havia aglomeração de pessoas. O mesmo aconteceu na Praça Roosevelt, no Centro de São Paulo.

 

Na Avenida Paulista, as pistas estavam cheias de carros e de ciclistas e corredores neste domingo (5). Em Santo André, a Avenida 1º de Dezembro também ficou cheia, com muitas pessoas circulando próximas umas das outras e motociclistas.

 

O governador João Doria (PSDB) disse nesta segunda-feira (6) que as pessoas que desrespeitarem a quarentena e fizerem aglomerações nas ruas do estado serão advertidas e orientadas, mas que se insistirem poderão ser presas pela Polícia Militar.

 

De acordo com o governador, a Polícia Militar de São Paulo está autorizada a agir para evitar aglomerações nas ruas, primeiro com advertência e orientação, e depois com medidas coercitivas com penas previstas em lei, inclusive prisão.

 

A declaração foi dada durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes. Doria estendeu a quarentena em todo o estado até o dia 22 de abril.

 

“A Polícia Militar de São Paulo está autorizada para agir para evitar aglomerações, primeiro com advertência e orientação, inclusive com automóveis que possuem gravações que já foram feitas para orientar a dispersão das pessoas e que elas retornem a suas casas e fiquem em casa. A primeira medida será orientativa”, afirmou Doria salientando que se trata de uma determinação do governo do estado de São Paulo.

 

Doria disse que o secretário de Segurança Pública de São Paulo, General Campos, já recebeu a autorização para a Polícia Militar e que tem “convicção” de que as pessoas seguirão a orientação.

 

“Eu tenho convicção de que as pessoas seguirão a orientação. Até porque se não o fizerem, a segunda etapa será a de medidas coercitivas, podendo penalizar essas pessoas com as penas previstas em lei, que vão inclusive à prisão. Eu tenho certeza de que isso não será necessário, de que as pessoas compreenderão a necessidade de ficar em suas casas e atenderem a recomendação. E as que por distração, circunstâncias eventualmente na rua receberão nessa fase inicial a orientação da Polícia Militar para que se dispersem e retornem às suas casas.”
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo informou nesta segunda-feira (6) que o estado chegou a 304 mortes relacionadas ao coronavírus. São 29 óbitos a mais do que o registrado no boletim divulgado de domingo (5).

 

Fonte: G1


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