Um incêndio de grandes proporções tomou o Museu Nacional neste domingo (02/09). O prédio onde a instituição funcionava, localizado na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, foi construído a mais de 200 anos atrás e já foi morada da família Real. Seu acervo possuía mais de 20 milhões de itens, incluindo Luzia, o fóssil mais antigo encontrado no Brasil de aproximadamente 12 mil anos.
O Museu Nacional é um dos maiores patrimônios históricos e a primeira entidade científica em nosso país, muito importante em estudos de Antropologia. Poucos itens puderam ser salvos por pesquisadores que correram ao museu assim que souberam do incêndio que começou ao fim da tarde de domingo. Não há registro de pessoas feridas, porém a perda para a Cultura, História e Ciência brasileira foi incalculável.
Cristiana Serejo, vice-diretora do museu, afirmou: “Foi o maior museu de história natural da América Latina. Tínhamos coleções de valor incalculável de mais de 100 anos de idade.” Luiz Duarte, outro vice-diretor, disse que se trata de uma catástrofe insuportável, uma vez que 200 anos de herança do país se perdeu para a Educação, Cultura, História e Ciência. Duarte também contou que o Corpo de Bombeiros enfrentou a falta de água, o que dificultou muito no trabalho de conter as chamas.
Não é muito claro como tudo começou. O museu era parte da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mas não teve reparos em sua estrutura física de alguns anos atrás até hoje. Suas coleções impressionantes incluem itens trazidos ao Brasil por Dom Pedro I, príncipe regente que declarou a independência de Portugal. Haviam também artefatos egípcios e greco-romanos. Luzia, citada anteriormente, é o esqueleto mais antigo encontrado nas Américas e além deste fóssil, também esqueletos de dinossauros e um meteorito, encontrado em 1784. Alguns itens recolhidos foram armazenados em outro prédio, porém boa parte dos acervos do museu foram destruído pelas chamas.
Um triste momento para a Cultura brasileira, sem dúvidas.
Fonte: TriCurioso.
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