Por serem grupo de risco e medo de contrair o vírus, pessoas cardíacas e com câncer tem evitado de ir em hospitais e correm riscos

 

O medo do novo coronavírus tem afetado diretamente a vida das pessoas com doenças cardíacas e câncer. Por estarem dentro do grupo de risco, as pessoas portadoras dessas doenças tem evitado de ir aos hospitais. Com isso, acabam ficando com a saúde ainda mais fragilizada.

 

Em Nova York, o número de cardíacos que morreram em casa aumentou 8 vezes, segundo estudo da Anglioplast.org, comunidade de cardiologistas.

O professor da Yale New Haven Hospital, Harlan Krumholz, escreveu ao The New York Times que é surpreendente o silêncio nos hospitais, exceto pelo coronavírus. “As equipes de ataque cardíaco e derrame, sempre preparadas para entrar em ação e salvar vidas, estão praticamente inativas. Isto não acontece apenas em meu hospital”.

O cardiologista Roberto Kalil e diretor da divisão de Cardiologia Clínica do Instituto do Coração (InCor), informou que, em comparação ao ano passado, os atendimentos em São Paulo tiveram uma queda significativa.

 

Segundo uma pesquisa realizada pelo G1, houve uma média de 25 pacientes com infarto por mês no instituto em 2019. De acordo com Roberto, em março do ano passado foram cerca de 31. Já em março de 2020 foram apenas 16, o que representa uma queda de 45%. Na primeira semana de abril foram 8.

Dados registrados pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista mostram uma queda de 50% dos atendimentos à vítimas de infarto, se comparado ao ano de 2019.

 

Profissionais da saúde reafirmam a eficiência do isolamento social, mas alertam que pessoas que estão no grupo de risco precisam continuar com seus tratamentos prévios.

Segundo o oncologista e diretor geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) Paulo Hoff, pacientes com câncer possuem mais de um fator de risco para o coronavírus. Em sua maioria são idosos que podem ter câncer, diabetes e problemas de coração, todos ao mesmo tempo.

 

Para os casos mais leves, é possível remarcar consultas, cirurgias e quimioterapias, mas em casos graves, interromper o tratamento pode ser mais arriscado que contrair o coronavírus. “Muitos tumores não esperam o final da pandemia para fazer a evolução”, diz Hoff. O oncologista também reforça que é importante ir ao hospital sozinho, se possível, ou com apenas um acompanhante.

“Tem que ficar em isolamento, mas é o que eu chamo de isolamento responsável. A pessoa que está infartando em casa tem muito mais risco de morrer”, diz Roberto Kalil.

 

Fonte: Claudia.


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