Alguns indivíduos gostam de sentir medo porque ele cria uma “distração”, o que pode ser uma experiência positiva: entenda

 

O medo é talvez tão antigo quanto a vida na Terra. É uma reação fundamental, que evoluiu ao longo da história da biologia, para proteger organismos contra ameaças à integridade ou existência deles. É difícil negar, porém, que nós certamente reverenciamos a sensação, dedicando feriados, atrações em parques de diversões, entre outros, especialmente para provocá-la.

 

Se olharmos para o cérebro e a psicologia humana, tudo faz sentido. É que a principal química por trás da reação de “luta ou fuga” está envolvida também em emoções positivas, como felicidade e excitação. Mas qual a diferença entre sentir um friozinho na barriga e ficar completamente aterrorizado?

 

Tudo tem a ver com o contexto. Quando nosso cérebro “pensante” dá feedback para nosso cérebro “emocional” e informa que estamos em um ambiente seguro, a experiência rapidamente muda para a sensação boa, passando de medo real para excitação ou alegria.

 

É por isso que se você está em uma casa mal assombrada de um parque de diversões e um fantasma pula em você, você não se sente ameaçado e rapidamente consegue calibrar a experiência. Mas, se estiver caminhando por um beco escuro à noite e um estranho começa a perseguir você, todas as áreas do cérebro vão concordar que há perigo real e é hora de fugir.

 

E como a gente aprende a diferença? Assim como outros animais, aprendemos com base em nossas próprias experiências. Mas, além disso, uma maneira única e fascinante do ponto de vista evolutivo é que humanos aprendem também por instruções verbais ou escritas. Se um cartaz diz “cuidado, cão perigoso”, a aproximação ao cachorro vai provocar uma resposta de medo.

 

Voltando para a pergunta inicial, algumas pessoas gostam de sentir medo porque ele cria uma distração, o que pode ser uma experiência positiva. Quando algo assustador acontece, o corpo entra em estado de alerta e para de se preocupar com outras coisas. O foco total passa a ser no presente, quase como em um estado sublime de meditação.

 

Ao mesmo tempo, a sensação de que podemos influenciar a forma como sentimos medo aumenta nossa sensação de controle. Ao superar a descarga inicial de “luta e fuga”, nós em geral nos sentimos satisfeitos com a certeza de que estamos seguros e mais confiantes na nossa própria habilidade de confrontar o medo.

 

Diversão à parte, níveis anormais de medo e ansiedade podem causar estresse e disfunções significantes, que limitam a vida de uma pessoa. Os distúrbios do medo, como fobias, transtorno de ansiedade generalizado e estresse pós traumáticos são bastante comuns: uma a cada quatro pessoas vai ter algum deles em sua vida.

 

Fonte: Revista Galileu


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