O porta-luvas, parte do veículo internacionalmente conhecida por este nome, com raríssimas exceções, nunca foi na verdade construída com o propósito exclusivo de armazenar luvas, mas sim aquele monte de quinquilharias que hoje colocamos ali dentro.

 

Um dos nomes dados ao porta-luvas nos Estados Unidos, diferente de “glove compartment”, pode dar uma pista da sua origem. Em alguns estados ao norte das Montanhas Rochosas, como Idaho, o compartimento é chamado de “jockey box”, nome que, na época das diligências, era dado a um caixote de ferramentas que ficava sob o assento do condutor, e também o livrava da lama e cocô espirrado pelos cavalos.

 

Quando, na virada do século XX, a Packard Motor Car Company começou a construir os primeiros automóveis, uma grande preocupação dos seus donos era dissociar o nome do seu produto do conceito popular de “carroças sem cavalos”. Por isso, encomendaram aos designers da época uma jockey box revolucionária: para armazenamento interno de “pacotes, impermeáveis, etc”.

 

Entre os itens guardados nesse compartimento, estavam naturalmente as luvas de direção, consideradas equipamentos indispensáveis nos primeiros automóveis, pois a maioria deles não tinha capota rígida. Assim, as luvas evitavam que o efeito do resfriamento do ar devido à velocidade pudesse congelar as mãos dos motoristas.

 

E por que o nome porta-luvas se popularizou?

 

A caixa de Packard foi logo copiada por outros fabricantes, como a Oldsmobile e a Duryea. Mas a primeira pessoa a popularizar a expressão porta-luvas (glove compartment ou glovebox em inglês) foi a automobilista britânica Dorothy Elizabeth Levitt. Ela começou a dirigir como parte de uma campanha publicitária da Napier Car que queria colocar a primeira mulher ao volante.

 

Depois de bater vários recordes que lhe deram o título de “Garota mais rápida da Terra”, Levitt publicou um manual para mulheres motoristas. Em uma seção chamada “Abasteça seu porta-luvas”, ela enumerava: “um par de luvas limpas, um lenço extra, véu limpo, esponja de pó, grampos de cabelo e alfinetes comuns, um espelho de mão e alguns chocolates são muito calmantes, às vezes!”.

 

Curiosamente, uma das poucas mudanças que o porta-luvas sofreu em sua história ocorreu no início dos anos 2000, quando os fabricantes retiraram a luz interna que acendia automaticamente.

 

Fonte: Mega Curioso.


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