Você já deve ter ouvido falar do mal que o mundo enfrentou de 1347 a 1351, né? Estamos falando da Peste Negra, que começou no continente asiático e é considerada uma das mais letais das epidemias, até os dias atuais. Apesar de não haver convergência entre os dados sobre quantas pessoas morreram, estima-se que o número de vítimas gire em torno de 75 a 200 milhões de pessoas. A bactéria causadora desse mal, a Yersina, teve como origem a China ou a Ásia Central, que eram partes da rota de seda. Viajou então alojada nos intestinos das pulgas, que parasitavam os ratos.

 

Esses animais eram uma verdadeira praga para a época, pois tinham em grande quantidade e viviam nos porões das embarcações. Assim que os navios atracavam no Mediterrâneo, esses roedores espalhavam a doença pelos portos. No começo, no entanto, a peste negra foi contida, se mantendo apenas na área costeira dos países. Isso, até começar a se espalhar pelo ar. A enfermidade então se espalhou rapidamente entre os humanos e, no pico da pandemia, dizia-se que não havia humanos vivos suficientes para enterrar os casos fatais. Aparentemente, chegou um ponto onde havia mais pessoas mortas do que vivas capazes de enterrá-las. Uma coisa, que intriga nesse período, é o modelo de máscara utilizada pelos médicos.

 

Por que os médicos usavam máscaras com “bico” no combate a peste bubônica?

Durante a peste bubônica, uma das coisas mais marcantes foi o traje utilizado pelos médicos. Tratava-se de um vestido que cobria da cabeça aos pés e uma máscara com um bico de pássaro. O motivo desses trajes é o desconhecimento científico acerca da doença. Na época, a teoria corrente para a disseminação de doenças infecciosas era a miasmática. Formulada por Thomas Sydenham, médico inglês e Giovani Maria Lancisi, italiano que defendia que as moléstias tinham origem nos miasmas. Esse era o conjunto de odores fétidos, que vinham de matéria orgânica em putrefação e da água contaminada.

 

Isso causaria então um desequilíbrio nos fluídos corporais do paciente. Além disso, acreditava-se que perfumes fortes poderiam proteger da peste. Sendo assim, a lógica das máscaras era essa: evitar que o miasma chegasse ao nariz dos médicos. O bico da máscara era preenchido com teriaga, uma combinação com mais de 55 ervas e outras especiarias. Essa combinação, desde a Grécia Antiga, era tida como antídoto para qualquer envenenamento. A ideia era de que a forma de bico proporcionasse tempo para purificar o ar.

 

Charles de Lorme foi o médico responsável pela criação da roupa durante a peste bubônica. Ele cuidou da realeza francesa durante o século 17, entre eles, do rei Luís XIII. Além dessa máscara curiosa, o visual era composto por uma camisa por dentro das calças, que se conectavam à botas. Havia ainda um casaco coberto por cera perfumada, chapéu e luvas feitas de couro de carneiro. Para completar o traje usado pelos médicos, uma vara para afastar os doentes.

 

Fonte: Fatos Desconhecidos.


Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.