Ao ver um bichinho ou bebê fofo, como o seu cachorrinho ou seu primo que ainda usa fralda, você provavelmente tem vontade de agarrá-lo e dar um abraço beeem apertado. Você sente a boa e velha “vontade de esmagar”.

 

Pois bem: tem um componente de agressão nisso daí. Mas não se preocupe, pois trata-se da expressão involuntária de um sentimento positivo, sem intenções de machucar nada ou ninguém. É a “cute aggression” (“agressão de fofura”, em livre tradução para português), explica a psicóloga Katherine Stavropoulos, da University of California, Riverside, em entrevista à NPR.

 

Segundo a pesquisadora, pelo menos metade dos adultos tem vontade de “esmagar” o que considera fofo — e quem o faz geralmente se sente desconcertado e constrangido. “Eu provavelmente sou a única pessoa que se sente assim”, confessou a cientista ao site. “Não quero machucar [o animal]. Quero devorá-lo.”

 

Por meio de testes com imagens, Stavropoulos verificou o que ocorre no cérebro quando bate aquela vontade de apertar animais e pessoas, tanto de bebês quanto adultos. Algumas dessas imagens foram manipuladas para parecer menos atraentes e outras para parecerem mais.

 

Stavropoulos concluiu que bochechas e olhos grandes são características associadas à fofura e fazem a atividade cerebral aumentar em áreas que envolvem emoções. Quanto maior a “cute aggression”, mais atividades cerebrais, observaram a psicóloga e o grupo de cientistas que trabalharam com ela no estudo.

 

“Não é apenas uma recompensa e nem apenas emoção. Ambos os sistemas do cébrebro estão envolvidos nessa experiência de ‘cute aggression'”, conta.

 

A combinação das duas coisas pode ser demais e talvez seja por isso, suspeita a pesquisadora, que o cérebro produz pensamentos agressivos. A aparência dessas emoções negativas ajuda as pessoas a controlarem as sensações positivas que estão rolando pela massa cinzenta.

 

Então aqui está a explicação para você não se sentir tão ridículo(a) ao entrar em polvorosa e agarrar aquele golden retriever que mora no seu bairro.

 

Fonte: Revista Galileu.


Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.