A ambientalista liderou uma campanha para plantar mais de 50 milhões de árvores no Quênia

 

A ambientalista queniana Wangari Maathai é um dos maiores nomes da conservação ambiental do mundo e a primeira mulher africana a receber o prêmio Nobel da Paz, em 2004. Nascida em abril de 1940, ela viveu até os 71 anos e morreu na cidade de Nairobi, capital queniana, em 2011. Saiba mais:

 

Inspiração na infância

 

Em seu discurso durante o recebimento do Prêmio Nobel, em 2004, ela lembrou da infância nas florestas do centro do Quênia: ela buscava água em um córrego próximo de casa, observando sapos e girinos escaparem do balde. Quando cresceu, viu que o desafio era restaurar o habitat dos girinos e dar de volta às crianças a beleza do mundo.

 

Carreira

 

Maathai ganhou uma bolsa de estudos para estudar nos Estados Unidos, onde obteve um mestrado em biologia na Universidade de Pittsburgh. Lá, ficou impressionada com os esforços da cidade para restaurar a qualidade do ar. Ao voltar para o Quênia, obteve um doutorado em anatomia veterinária, a primeira mulher no leste e centro da África com tal título e a primeira a ocupar a diretoria do departamento de veterinária da Universidade de Nairobi. Em viagens a trabalho, percebeu a relação entre desflorestamento e pobreza.

 

Ativismo

 

A solução que ela encontrou para o problema ambiental foi muito prática: plantar muitas árvores. O Green Belt Movement fundado por ela pagava mulheres trabalhadoras rurais um pequeno salário para plantar árvores. O ato é pequeno, mas revolucionário, visto que as árvores preservam a água da chuva, fornecem comida e combustível. Quase 1 milhão de pessoas participaram do movimento e mais de 50 milhões de árvores foram plantadas até o momento.

 

Repressão

 

Além de ter tido problemas com o ex-marido, Maathai foi fortemente reprimida pelo presidente do Quênia, Daniel arap Moi. Quando ela criticou os planos do governo de construir arranha-céus em um parque de Nairobi, seu nome foi parar em uma lista de “inimigos” do governo, e ela foi presa sob acusações de traição. Chegou a apanhar de policiais, mas não parou de criticar os mandatários quenianos

 

Vida política

 

Nos anos 1990, Maathai oficialmente entrou para a política e fundou o Mazingira, um partido político ambientalista, e conseguiu um lugar no Parlamento do Quênia em 2002. Foi ministra do meio ambiente e, em 2004, venceu o Nobel da Paz por “sua contribuição para o desenvolvimento sustentável, democracia e paz.” Se hoje plantar uma árvore virou quase sinônimo de fazer algo pelo meio-ambiente, é graças a ela: o movimento tem representações em outros 30 países.

 

Fonte: Revista Galileu


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