Dirigido e roteirizado por John Krasinski (mais conhecido por seu personagem Jim Halpert na série de TV “The Office”) e com trilha sonora de Marco Beltrami (compositor da trilha de clássicos como ‘Os indomáveis’, ‘Logan’, ‘Guerra ao terror’ e ‘Eu, Robô’), sem grandes surpresas de um plot twist inacreditável ou ‘mindblowing’, A Quiet Place (Um Lugar Silencioso) nos ganha pela trilha sonora surpreendentemente bem feita, edição e mixagem de som impecáveis e um teor quase insuportável de suspense – CARDÍACOS SE AFASTEM.

 

A premissa do filme é quase idiota. Uma família do Meio Oeste que vive em uma fazenda/esconderijo em uma espécie de mundo pós- caótico e é perseguida por uma entidade/alienígena. Para que consigam fugir e se proteger dessa entidade eles devem permanecer em silêncio absoluto, pois a entidade ataca por meio do som. Confesso que apesar da expectativa a respeito do trailer do filme, que conseguiu vender muito bem a história, eu temia que fosse um daqueles thrillers bem manjados e previsíveis, felizmente eu estava enganada.

 

O meu primeiro pensamento quando eu vi o trailer foi que hoje em dia é impossível fazer um filme e conseguir manter as pessoas entretidas sem diálogos. Logo me lembrei de “Into the Wild” e de como a falta de diálogos foi justamente o diferencial do filme.

 

Veja o trailer:

Tá, eu sei o que você tá pensando e a resposta é NÃO, o filme não é maçante e nem cansativo.

 

Muito pelo contrário, a falta de diálogos é totalmente compensada e diretamente proporcional à intensidade do suspense e qualidade surpreendente dos efeitos sonoros. Sei que é natural ligar a expressão efeitos sonoros à Star Wars e todas as suas naves espaciais ou à grandes explosões,  mas Um Lugar Silencioso é um filme que nos ganha pelo minimalismo e pelos detalhes. Semelhante à cena do barulho da colher se mexendo na xícara em Get Out, os efeitos do filme são todos trabalhados no minimalismo, nos detalhes e isso vai da respiração, até a música que eles escutam pelos fones ou as batidas do coração.

 

A peça chave para a história foi que Millicent Simmonds, atriz que interpreta a filha mais velha do casal, é surda na vida real e auxiliou John Krasinski a dar um espectro completamente diferenciado para o filme – a visão de alguém que realmente vive em silêncio absoluto. É fácil se apegar aos personagens, que têm suas características e personalidades bem definidos ao longo do filme, mesmo com a falta de diálogos FALADOS porque, como podemos ver no trailer, eles se comunicam por meio de linguagem de sinais.

 

A resolução para os problemas da família e a forma de derrotar as entidades/alienígenas a gente descobre no meio do filme e não é nenhum plot twist chocante e revelador, na verdade é bem óbvio e previsível, o que não atrapalha a experiência do filme e não torna ele menos inteligente ou interessante.

 

Então não vá ao cinema esperando ver um segundo Get Out (Corra), não é o caso MAS vá ao cinema pra ver mais um PUTA filme de suspense que deixa aquele gostinho de quero mais.

 

Fonte: Infosfera


Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.